sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Associação Desportiva de Esposende, 40 anos.

 Os 40 anos de idade é uma altura para reflexão do que passou e uma oportunidade de projetar o que queremos no futuro e a Associação Desportiva de Esposende (ADE) não é diferente.

 Alguém um dia disse que a ADE seria aquilo que os Esposendenses quisessem que fosse e isso não poderia estar mais certo.

 Sendo uma das mais representativas instituições do concelho, viveu intrínsecamente todas as variações e flutuações que o mesmo sofreu, sendo um fiel espelho de todos os solavancos que agitam a comunidade esposendense e isso deve-nos deixar a pensar naquilo que queremos para nós enquanto comunidade e aprender com os erros do passado para que não se repitam no futuro. 

 Poderia escrever muita coisa, poderia recordar momentos altos do clube, poderia fazer tudo isso que seria o normal de uma data redonda como esta, mas mais do que enaltecer feitos desportivos interessa-me neste espaço perceber de que forma a ADE será uma vez mais uma alavanca daquilo que será Esposende no futuro. 

Tal como ontem, hoje também vitórias memoráveis poderão ser alcançadas e a necessidade de termos uma instituição de todos para todos e que acolherá todos é imperiosa para que se aproveitem os recursos que nos são colocados à disposição e deixar de lado o sentimento do "somos pequeninos". 

 Também nesta vertente a ADE terá de ter um papel importante na comunidade em que se insere, e se isso for conseguido é muito mais valioso que 40 vitórias consecutivas, não acreditam? 



terça-feira, 27 de novembro de 2018

PARU de Natal!

Para o caso de andarmos todos um pouco distraídos e depois da histeria colectiva em torno do "Prós e Contras" e da sessão de esclarecimentos sobre o impacto da obras de protecção da nossa costa - com o forte impacto que terão em Apúlia, dou aqui nota dos projectos divulgados no site do Município em consulta pública.

Falamos aqui de obras: umas de cosmética, outras que se esperava pudessem ser de verdadeira regeneração urbana. 

Devo desde já declarar (em legítima defesa - que isto nos dias que correm anda tudo muito "susceptível" e eu prefiro ir ao tribunal na qualidade de defensor e não na qualidade de defendido) que não discordo em absoluto de tudo. Até gosto (de alguma coisa, entenda-se)!

Isto posto: a montanha não chega sequer a parir um rato.

Impunha-se porém dar ouvidos às populações! Impunha-se o "Prós e Contras" aqui na nossa terra! 
Onde param as nossas Juntas de Freguesia? Será que foram todas para Lisboa às manifestações contra a união de freguesias e ainda não voltaram? Será que dizem todas "NÃO", mas nenhuma sabe dizer "ALTO LÁ!"?

Intriga-me!
Sinceramente intriga-me!

Intriga-me que a visão de futuro - a regeneração urbana - em Marinhas (a título de exemplo) passe por uma reconfiguração do polidesportivo existente, de um meio-campo de basket, um parque de estacionamento e um jardim.

Eu até que gosto... mas isto, enquanto visão para o desenvolvimento de uma zona central é igual a nada! Qual é o contexto em que isto se pretende inserir? O que "imaginamos" para a envolvente? Vamos sistematicamente pensar uma terra em lotes de 2000m2?

É "poucochinho"! Lindo mas "poucochinho"!

Um outro exemplo: o Largo Rodrigues Sampaio!


Gosto. 
Mas não entendo que haja ali ciclovia dos dois lados da rua, sobretudo porque nenhum deles tem continuação para qualquer sítio! (Não vou qualificar, mas apetecia-me)! 
E depois, olhando bem, ainda perdemos mais estacionamento no centro. (Estou certo que aqui nos queixamos de que não há estacionamento perto - quando aqui tudo é perto. Não sendo menos verdade que há dias, nestes de chuva então... em que pura e simplesmente não há estacionamento vago no centro para quem chegar depois das 9h).

É assim que queremos apoiar ao comércio local? A ocupação das portas vazias?
E volto ao início: gosto! Está bonito! Mas o meu gosto por "bonito" não deve ignorar o ganha pão de outros.
Fechem o "bunker" do Município e talvez assim os nossos políticos acordem para a vida. (Sim, é "extremamente fodido" vir às compras ao centro em dias de chuva e ter que estacionar para lá da casa da juventude)! 

Claro está que podemos pensar: "ah e tal! Há estacionamento também junto à lota dos pescadores!"
E eu dir-vos-ei: isso é estúpido! Tentem apenas vir de lá até à Praça do Município com um carrinho de bebé! (Vou acreditar que cadeiras de rodas terão os lugares para o efeito desocupados no centro, daí não sugerir essa experiência).

Estes são apenas dois exemplos.
Estão lá os restantes.

É também facto que o nível de detalhe dos elementos fornecidos faz claramente crer que uns serão para levar a sério, os outros nem tanto.

Lamento que não se fale disto!
Que se remeta para o facebook e para o espaço da Câmara Municipal.
Que se pense isto com o povo em 8 dias.

Se é para ser assim: VOLTA RELVAS! Ainda tens outras tantas juntas de freguesia para extinguir.

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Polémica sem (nenhum) sentido

No rescaldo da aprovação do Orçamento do Município para 2019, por parte do executivo camarário, o Movimento JPNT - Juntos pela Nossa Terra destacou, na sua página do Facebook, o facto de o Orçamento prever investir a mísera quantia de 100 euros para um conjunto de projectos, alguns de assinalável relevância (casos do Apoio a instituições sociais, Parque da cidade, Instalação do Instituto Multidisciplinar de Ciência e Tecnologia Marinha na Estação Radionaval de Apúlia, etc.).
Como não poderia deixar de ser, a notícia causou perplexidade e indignação, tendo sido objecto de vários comentários, sempre de sentido negativo. 
Nas respostas aos comentários feitos, o Movimento reiterou que não se tratava de nenhuma brincadeira, notando tratarem-se dos valores que constavam no documento.
Pessoalmente, parece-me que este é um daqueles casos em que o JPNT arranjou lenha para se queimar. Mas cabe na cabeça de alguém que um Executivo vá orçamentar 100 euros para um Parque da Cidade? Ou para apoio a cada uma das instituições sociais do concelho? Só se os seus membros estivessem maluquinhos da cabeça, o que não consta de todo.
Portanto, o mais certo é estarmos perante um erro de escrita, como é normal em documentos com a densidade de um orçamento, muitas vezes redigido a várias mãos (uma vez que implica o contributo de diversos departamentos sectoriais). 
O JPNT tentou criar uma polémica que, pela manifesta falta de aderência à realidade, acaba por não ter sentido nenhum, com os inerentes danos reputacionais, agravados pelo facto de o movimento ser o único representante na oposição camarária.
Este é o típico exemplo de bota-abaixismo que, seja a oposição, seja também o poder, devem abster-se de praticar, a bem dos eleitores que representam.