quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Regresso ao passado*

Consumado o empossamento do XXI Governo Constitucional, chefiado por António Costa, o PSD Esposende descortinou, de imediato, um mérito no respectivo programa de governo (disponível em www.portugal.gov.pt).
Com efeito, encontra-se nele previsto a seguinte medida programática: “Avaliar a reorganização territorial das freguesias, estabelecendo critérios objetivos que permitam às próprias autarquias aferir os resultados da fusão/agregação e corrigir os casos mal resolvidos (pág. 90).”
Também o anterior presidente esposendense, João Cepa, num comentário publicado na rede social Facebook, no dia 24 de Novembro, não perdeu a oportunidade para manifestar o desejo de que a promessa eleitoral socialista de permitir aos municípios anularem a Reforma Administrativa, seja cumprida.
Pergunto-me, nestas ocasiões, por que é que Benjamim Pereira ou João Cepa, entre outros, que sempre se opuseram à agregação de freguesias com menos de 1.500 habitantes numa só, nunca pugnaram, também, pela desagregação da outrora freguesia de Marinhas em várias. É que se a União de Freguesias de Palmeira de Faro e Curvos ou a União de Freguesias de Rio Tinto e Fonte Boa, com menos de 6.000 habitantes cada, geram agora mais ineficiência, então o que dizer da antiga freguesia de Marinhas, antes da reorganização, com os seus mais de 6.000 habitantes?
Num concelho marcado pela sua pequena dimensão geográfica e que, felizmente, não é caracterizado pelo isolamento da população, como sucede em muitos concelhos do interior, que se encontram desertificados face à (e)migração de muitos dos seus residentes, manter irredutivelmente a posição do “orgulhosamente sós com as 15 freguesias” não é, de todo, racional.
Julgo que o leitor retira daqui o ridículo que é voltar a dividir o concelho em mais juntas de freguesia quando a dimensão territorial do mesmo não gera grandes distâncias. Não vejo qualquer virtualidade no processo (a não ser que fosse para corrigir algum caso pontual e não, como parecem pretender, voltar a colocar tudo na estaca zero), excepto a oportunidade eleitoralista de criar mais uns lugares autárquicos, que sempre dão jeito para alimentar as bases dos partidos locais.
Como sempre defendi, a reorganização encontrada para o concelho de Esposende pode não ter sido a melhor, mas negar o processo de reforma, ab initio, como fizeram os partidos locais, não foi a melhor resposta às exigências que o progresso e as constantes mutações das realidades sócio-económicas colocam aos responsáveis políticos.
O facto de a coligação PàF ter ganhado no concelho com maioria absoluta, é revelador do quanto os esposendenses se mostraram receptivos ao programa socialista e, em especial, à eventual reposicão das freguesias extintas.
No ano novo que se avizinha, o tema da reorganização do mapa das freguesias do concelho ameaça voltar a dominar a agenda política local. O assunto não assume prioridade na lista de preocupações dos munícipes. Torná-lo prioritário será um péssimo sinal. Espero que Esposende não arrisque dar esse passo atrás.

*Publicado no Jornal Notícias de Esposende, n.º 47/2015 - 19 Dezembro

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

E em Esposende Acontece


O aparecimento do Esposende Acontece (E.A) era algo que estava a ser muito antecipado e aguardado como o novo dominador dos meios de informação esposendenses.

Deixei passar alguns meses até partir para a análise do Esposende Acontece, para que as edições fossem estabilizadas, o editorial apurado e definido, a equipa de cronistas enriquecida e fechada e qual o rumo das notícias mais recorrentes.

Como sempre, tudo o que é ansiado e muito desejado nunca corresponde na totalidade aos anseios.

O E.A ganha pontos no seu aspeto visual, sendo novo na cena esposendense e até cativante com uma escolha de cores garrida mas não excessivamente espalhafatosa.

Os anúncios estão bem inseridos no ambiente do site e as fotos são geralmente de boa qualidade, em especial no que concerne aos símbolos das associações locais, clubes de futebol e as associações recreativas.

A aposta na parceria com as instituições é uma jogada inteligente, consegue dar vida às suas atividades e faz do jornal um ponto-de-encontro dessas instituições, algo que era necessário desde o semi-desaparecimento da Esposende Rádio e do efetivo desaparecimento do Jornal de Esposende.

Mas, para mim, o seu principal trunfo são os cronistas.

O E.A dá muita visibilidade aos seus cronistas e faz deles o seu principal atrativo dando aparentemente liberdade na temática que cada um aborda não se restringindo apenas a temáticas esposendenses.

Não posso deixar aqui de saudar e de elogiar as crónicas de José Felgueiras acerca da história de Esposende, um dia alguém perceberá que José Felgueiras é o homem indicado para compilar e publicar a definitiva história de Esposende e que isso com certeza não seria dinheiro atirado ao ar, e aos meus dois companheiros de blogue Francisco Melo e João Torres por todos os motivos e mais alguns.

Estas crónicas permitem diversificar os temas em questão, onde cada um aparentemente fala da área que lhe é mais próxima e pessoalmente acho isso muito positivo, permitindo uma maior proximidade dos cronistas aos seus leitores e dando-os a conhecer o que intrinsecamente permite uma valorização das pessoas enquanto pessoas e enquanto elementos da sociedade.

Mas, raramente aquilo que é ansiado e desejado corresponde às expectavas.

O E.A é demasiado parco no acompanhamento da vida noticiosa em Esposende.

Na sua linha editorial é referido que não se deve contar com o jornal para falar de crimes, tragédias e disputas políticas, mas sendo um jornal sobre o concelho não faz sentido não acompanhar estes casos quando são realmente notícias.

A política faz parte da vida de um concelho e deve ser algo natural na vida dos habitantes do concelho. Eu sei que na atualidade muitos são aqueles que acham que a política é algo supérfluo e que deveríamos viver sem políticos e que isso colhe muitos apoios mas isso não é uma atitude séria e responsável e a luta política é também ela parte da sociedade.

As tragédias e crimes banalizaram-se na nossa imprensa e hoje qualquer crime em Mangualde abre os telejornais, mas quando estes são realmente anormais ou de dimensão relevante por que não falar deles? O que não me parece que concorra para o aumento de estima esposendense é perceber como se tiram nódoas de café ou quais os melhores remédios caseiros para a tosse.

Diz o editorial que o E.A quer ser um jornal que mostra o lado bom de Esposende e para a gente da terra se orgulhar, mas isso já faz a revista da câmara "Esposende em revista" e todos sabemos o que se diz desta publicação porque em Esposende não existem apenas coisas boas, existem coisas más e oportunidades de melhoria e jornalismo também é mostrar essas situações.

Se ser um parceiro das instituições é altamente positivo, fazer a reprodução fiel dos cartazes de jogos e dos resultados dos clubes desportivos, ou o programa das atividades das nossas instituições e dos magustos e das festas do marisco, sem mais nenhum texto é algo que hoje em dia se consegue visitando uma ou duas redes sociais e não é necessário um jornal para nos dar essa informação a posteriori.

Faltam as entrevistas às forças políticas, comerciais, empresariais, institucionais não só para dar a conhecer o que as pessoas têm para dizer, o que querem fazer com os seus cargos mas também para perceber o que correu mal no seu percurso até então. Fazer um escrutínio da vida esposendense, porque esse escrutínio demonstra a vivacidade da própria sociedade em si.
Mas o pecado capital é a ausência de artigos assinados, de notícias sem rosto e sem nome.

Posso estar enganado, mas poucas são as noticias em que se sabe quem as escreveu e isso não é dignificante para o jornal, para o artigo e para o jornalista e leva sempre a ponderações sobre quem realmente o fez sendo que as poucas com fonte identificada são sempre provenientes da Câmara Municipal.

Não é um louvor um jornal não ter um jornalista identificado, um nome que sobressaia e que dê cara ao jornal.

Olhando para a sua ficha editorial apenas deslumbramos o nome do diretor geral e na redação temos um enigmático "Geral" e o respetivo email "geral". Isto não é algo que dignifique ou que dê credibilidade ao jornal, é algo que me sugere alguma opacidade em quem o elabora.

O Esposende Acontece continua a ser um bom projeto e continua a ser um bom ensaio para um portal de informação de Esposende. Deve no entanto perceber se quer ser um jornal ou um "portal" de Esposende para não cair numa zona de indefinição sobre o mesmo e isso matará o projeto em si.

Mas a verdade é que ainda não domina o espaço mediático em Esposende e ainda lhe falta capacidade de reação e de resposta à vida do concelho para ser um marco e uma bitola na vida esposendense.

O caminho faz-se caminhando...

Ir de mota


Uma boa notícia para os amantes do desporto motorizado e para os esposendenses, o 1º Salão de Motas de Competição vai ser realizado em Esposende entre 29 e 31 de Janeiro.

Penso que apesar de ser sobre um tema muito específico, este salão vai ser uma boa oportunidade para ver algumas verdadeiras máquinas ao vivo como os pilotos em si.

A presença de Paulo Gonçalves e Miguel Oliveira são duas presenças de peso neste evento e será uma boa oportunidade para os nossos meios de comunicação fazerem boas entrevistas.

Este salão é obra de Alexandre Laranjeira, o piloto esposendense de motos nos anos 90 que merecia mais reconhecimento no panorama desportivo do concelho tendo, entre outras coisas, sido campeão nacional de motociclismo em 1991, fazendo parte da equipa oficial da Suzuki e corrido em provas de resistência a nível internacional.

Este salão poderia também ser uma oportunidade para dar um maior mote ao reconhecimento de Paulo Gonçalves no concelho.

Ninguém me tira da cabeça que Paulo Gonçalves deveria ter uma rua com o seu nome na sua freguesia natal já que não é todos os dias que Esposende tem um habitante que é o melhor na sua área a nível nacional, quanto mais europeu, quanto mais a nível mundial!

Este salão poderia também lançar a semente para termos uma prova de motociclismo em Esposende.

Mas acima disso este salão relança a necessidade de Esposende dispor de infraestruturas para este tipo de eventos e de semelhante envergadura.

É necessário existir em Esposende um centro de exposições, não é necessário ser uma obra megalómana, basta um pavilhão com alguma área, com instalação elétrica e parque de estacionamento para se utilizar.

Por muito esforço que foi despendido pelos organizadores, as feiras industriais da ACICE terem de ser organizadas na Escola Secundária era algo que não deveria orgulhar as forças vivas da cidade.

Espero que este salão seja um sucesso.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Dar voz ao Autarca!

Finalmente os DAMA actuaram em Esposende!

Estas coisas da meteorologia dão sempre uns apertos quando é necessário agendar algo com meses de antecedência e quando não temos recintos cobertos com dimensão de servirem de plano B (se temos necessidade/dimensão que justifique um equipamento dessa natureza... já será mote para muitas linhas, talvez um outro dia!).

Certo é que a pretexto do concerto dos DAMA a JSD Esposende saiu à rua. E saiu, trazendo um sofá para o meio do evento, desafiando quem passava a escrever ideias num quadro sob o mote "não sejas um político de sofá"!

É certo que noutros tempos esta era uma iniciativa impensável! Pelo menos nos tempos da minha passagem por lá sempre nos foi pedido pelo poder político que a nossa actividade não "contaminasse" os eventos de juventude. Não me recordo se alguma vez "furamos o esquema" ou não! É possível que tenha acontecido mas sinceramente não me recordo que tenha! Pelo menos recordo-me de nunca termos politizado os locais das grandes iniciativas de verão: marginal e largos dos bombeiros. Recordo-me aliás de isso ter sido motivo de discórdia com o CDS, quando este colocou no largo dos bombeiros um outdoor de campanha em plena época de concertos.

Certo é que essa "pesca em rede cheia" nunca nos foi possível! E em boa verdade esses eram tempos de uma jota que se contava em centenas! Muito por fruto do trabalho dos que me antecederam, outro tanto por fruto do trabalho dos que me acompanharam! Foram sem dúvida outros tempos!

Pese embora tal facto, gostei de ver a JSD na rua! Porque nenhum "desdém" posso ter por uma estrutura que tanto me deu! Aquele "ser da jota" é coisa que não se esquece! Pela "bichinho", pela camaradagem, pelo traquejo dá em certos contextos... enfim!
Fez bem "a jota" em ir para a rua! Discorde-se sim o tempo, momento e local, mas nunca da irreverência!

E a pretexto da iniciativa terão sido alguns os que sentaram no sofá!
Das Fotos partilhadas na página da estrutura no facebook é visível que "incubadoras de empresas", "empreendedorismo", "conselho municipal da juventude"... entre outras, são reivindicações que levam uma década e que ainda não se executaram por cá! Haja fé!
Depois... bem... depois há outras reivindicações cujo único ponto "razoável" é o facto de mostrarem que a malta nova sabe escrever (ainda que não saiba o que escreve, nem o que diz, nem o que pensa)!

Pelo meio passou também o nosso Autarca Mor!
Confesso que me senti tremendamente tentado a criar "um blog anónimo" para compilar "edições marotas" naquele quadro branco... mas são já tantos os blogs anónimos sobre Esposende... que ser mais um era coisa banal!

Assim sendo, aqui partilho "uma base de trabalho"! Sejam criativos, e partilhem connosco através de comentários. e-mail ou fb as palavras que, no vosso entender, gostavam que o Autarca tivesse escrito!



(O anseio original do Arq. Benjamim Pereira está aqui!)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Cazaquistão, o gigante distante

O Cazaquistão não é um lugar estranho, mas sim um lugar peculiar.

Sendo o Cazaquistão o 9º maior país do mundo existem nele recursos naturais em abundância, desde o gás ao urânio passando pelo ouro que catapultaram este país para o top-40 nas economias mundiais sendo hoje 2 vezes maior que a economia angolana.

Tivesse Portugal uma verdadeira diplomacia económica e hoje seria um destino normal das nossas empresas exportadoras e não seria necessário visto de entrada como já acontece com Espanha, Itália e Finlândia.

É um país de paisagens deslumbrantes, montanhas a rasgar o céu, desertos a perder de vista, tundras quase infinitas e lagos deliciosos. É um país de tribos e povos nómadas das mais diferentes proveniências, credos ou identidade étnica o que provoca uma necessidade de mediação de sensibilidades muito elevada habituadas a sobreviver a um dos climas mais rigorosos do mundo.

Não nos esqueçamos que foram destas estepes e destas tribos que saíram em 1941 os batalhões de combatentes que iriam acabar com a suposta invencibilidade do exército alemão na 2ª Grande Guerra e os correram até Berlim. 

Astana tal como todas as capitais cridas artificialmente é a marca na história de um homem que tem governado os destinos do país desde 1990, Nursultan Nazarbayev.

Nazarbayev é uma personagem omnipresente nas ruas das grandes cidades, podendo ser visto a cada 100 metros uma foto sua por qualquer motivo.

Vindo das fileiras do PCUS, chega a 1990 na posição de presidente da secção Cazaque do PCUS, o que após a desintegração soviética lhe valeu assegurar a transição para a independência do país como líder do Cazaquistão e o consequente poder. Vive num fino equilíbrio entre o Ocidente, Rússia e China, dando primazia militar a uns e primazia comercial a outros. Impressiona a sede do partido do presidente que poderia ser um pavilhão na Expo-98.

Astana foi criada para servir de exemplo máximo ao projeto de Nazarbayev para o Cazaquistão como um país moderno, com boas infraestruturas, sendo a capital dos negócios e serviços com o exterior, no centro do país para facilitar a logística de pessoas e cargas e deixar para trás Almata, a capital do país nos tempos soviéticos.

Fica na retina a estepe envolvente à cidade, dando uma aura de oásis num deserto gelado e impressiona a facilidade com que conseguimos passar de um ambiente de arranha-céus para os pântanos da tundra.

Para a sua construção foi contratado diretamente por Nazarbayev um dos mais reputados arquitectos do séc.XX, o japonês Kisho Kurokawa e as suas ideias estão bem presentes na cidade dando preferência ao desenvolvimento urbano como um ser vivo, onde a sua avenida central é o eixo de crescimento onde encontramos os principais marcos arquitetónicos e as principais forças, desde o shopping-tenda até ao Museu do Cazaquistão, passando pela empresa de gás, sede do partido Nazarbayev e a torre. Os bairros sociais, a sua função e o tipo de prédios admitidos em cada um deles ainda hoje estão muito bem definidos.

Astana é um local ainda sem muita história, daquela história que dá real vida às cidades e que cria as boas e as más zonas, os bairros emblemáticos e os problemáticos, que cria os bons e os maus cheiros da historia, é uma cidade que ainda cheira a tinta e materiais novos. Fundada em 1997, os astanenses nascidos e criados na cidade apenas terão 18 anos de idade e isso diz muito dos movimentos sociais que foram necessários para criar e povoar esta cidade .Uma cidade de serviços e de centro de negócios. 

Ainda hoje no Museu do Cazaquistão se diz que o Presidente Nazarbayev regula em termos arquitetónicos os edifícios que vão sendo construídos.

Olhando para os clubes desportivos esta intromissão na vida da cidade é bem visível. Todos recebem o nome de “clube presidencial”. Desde o Astana FC até à equipa de pólo aquático passando pelo basquete, ciclismo e a recente equipa de todo-o-terreno para competir no Dakar todos estes foram criados para serem mais um símbolo do novo Cazaquistão e competirem internacionalmente na Europa sendo apoiados pelas instituições públicas ao bom estilo soviético.

Mas a mais enigmática zona da cidade fica na zona governamental. Lá encontra-se os ministérios, palácio presidencial, supremo tribunal, senado e parlamento.

Atravessando a escada que passam entre os prédios ministeriais parece que entramos numa nova cidade, onde parece que não existem pessoas, apenas carros estacionados e elementos do exército e onde somos relembrados pela polícia que nem todos os passeios são para serem percorridos e nem todos os locais servem para tirar uma foto.

Mas se Astana é uma capital política e dos serviços, Almata é a capital da industria e do dinamismo cazaque.

Capital da região do Cazaquistão aquando da União Soviética foi concorrente derrotada aos Jogos Olímpicos de Inverno de 2020 vai organizar as Universíadas de Inverno em 2017.

Almata não vive na sombra de Astana e representa uma certa forma de contra-poder à presidencial Astana. A sua localização próxima da China e do resto da Eurásia faz com que seja utilizada como centro da indústria e da finança e dos meios de comunicação com o exterior.

Almata não tem apenas o maior centro financeiro que continua em crescimento, tem o maior parque industrial do país e é aqui que se encontram as maiores empresas sediadas. 

O seu aeroporto é o maior da região e continua em crescimento à boleia do investimento estatal na Air Astana e por ela vai passar a construção de uma auto-estrada entre a Rússia e a China.

Para além das empresas, a cidade também tem atributos turísticos apreciáveis.

As montanhas e as estâncias de esqui estão ali ao lado e é possível em 15 minutos passar do centro da cidade ao alto da montanha ou então em 2 horas estamos no grande lago.

Andando nas ruas vemos mais vida.

Vemos bons carros,vemos mais restaurantes com classe, vemos cafés e bares, vemos mais gente, vemos novos e velhos. Aqui é possível jantar e ter a agradável companhia de jovens cazaques vestidas não para um casamento mas para uma gala em plena quinta-feira laboral.

Vemos edifícios com historia, vemos monumentos que apelam à historia do país, em Almata encontramos referências aos soldados caídos em combate e isso é um mais do que um pormenor de planeamento urbanístico em relação a Astana.

Vemos vida e a vida deve ser isto, uma cidade que não precisa dos turistas para ser dinâmica, elegante e apelativa que o consegue através dos seus habitantes e do conforto que lhes consegue criar.

O Cazaquistão fica lá, mas algo me diz que não foi a última vez que lá estive. 

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Consciência Ambiental

Ontem li nos jornais nacionais que Guimarães, à semelhança de muitas cidades por esse mundo fora, irá passar a cobrar a factura dos resíduos através dos sacos e não de tarifas fixas na factura da água.

Gostava muito sinceramente de ver esse sistema implementado cá pelo nosso burgo! 

Claro que, ao bom registo nacional, haverá quem seja avesso à evolução. Certamente não faltaria quem passasse a depositar o lixo à socapa só para não ser visto a usar sacos "não oficiais"!

Aliás, as minhas pedaladas de fim de semana têm-me permitido perceber que, a julgar pelos sítios onde alguns despejam detritos de tudo e mais algum coisa no meio dos montes, temos ainda muita gente com uma consciência ambiental ao nível da idade da pedra. Não raras vezes, no meio de trilhos onde até de bicicleta se passa mal, deparamo-nos com verdadeiros depósitos de lixo, que alguém, garantidamente com dificuldade e veículo a merecer pouca estima, se dignou a descarregar às escondidas, com razões que desconhecemos mas que certamente estarão associadas a estados de morte cerebral (e isto é o mais "politicamente correcto" que consigo ser para qualificar tal nível de selvajaria e imundície).

Mas na essência, que cada um pague pelo lixo que produz, parece-me justo!
Num país que tanto apregoa o princípio do "utilizador pagador" (alguém se esquece das SCUTS?), porque não acabarmos de vez com estas tarifas fixas que são a galinha de ovos de ouro para alguns serviços?

Certo é que, num mundo ideal, toda a gente saberia separar o lixo e bom era que o lixo reciclável pudesse ser "auto-financiável", ao passo que o indiferenciado deveria esse sim, ser taxado por saco (seja por venda de saco ou venda vinhetas para saco).

Claro que num cenário desses não faltaria quem misturasse o lixo indiferenciado nos sacos do reciclável só para se livrar do lixo sem pagar.

A verdade é que, apesar de muitos receios e "fura-esquemas" que a gente perspective, olhando para o nosso concelho, há uma evolução assinalável no que respeita à separação de resíduos, para o que muito contribuiu a distribuição dos ecopontos pelo concelho.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Estamos sempre a aprender

Os magustos fazem parte do Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Turismo de Esposende.
Quem diria que a comezaina de castanhas, acompanhadas de jeropiga, e umas concertinas pelo meio, seria estrategicamente decisiva para o desenvolvimento do turismo local.
Admira como é que ainda não convidaram o Futre para apadrinhar o evento. Já estou a imaginar o el portugués ladeado por Benjamim Pereira e Rui Pereira, a afirmar solenemente, entre uma dentada na castanha e um gole de jeropiga "Vai vir charters de chineses para provarem as castanhas esposendenses!

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Executivo camarário a duas velocidades*

Quase que passou despercebido o facto de, no passado dia 7 de Outubro, se terem assinalado dois anos de mandato do atual executivo camarário esposendense.
A página do Município, órgão oficial, por excelência, da comunicação dos assuntos e atividade da Câmara junto dos seus munícipes, nem sequer publicou uma evocação do acontecimento.
Cumprida metade do mandato autárquico, esta é uma ocasião propícia para ser feito o balanço do estado de cumprimento do programa com que Benjamim Pereira e a sua equipa se propuseram governar o concelho de Esposende durante 4 anos. Um olhar ao que de bom e menos bom foi feito e uma projeção sobre o que ainda falta por realizar até 2017.
Recomenda-se que qualquer poder político, seja a nível local, seja a nível central, tome pulso junto dos seus eleitores, tendo em vista ajustar a política até então seguida, no que se mostrar apropriado e, caso se justifique, fazer as alterações cirúrgicas na equipa executiva.
A esse título, revela-se denominador comum dos últimos governos portugueses que cumpriram integralmente uma legislatura, o facto de, a meio do percurso, ter havido uma remodelação na equipa ministerial.
Por regra, a meio dos mandatos, o primeiro-ministro refresca a sua equipa, substituindo um ministro apagado ou contestado por uma cara nova, ou desfazendo um ministério complexo em dois ministérios.
Embora um executivo camarário não seja sujeito ao mesmo escrutínio que um governo, e não tenha a complexidade que subjaz a muitas pastas ministeriais, não deixa de ser verdade que a governação camarária é, à sua medida, também muito exigente, não sendo incólume aos denominados “erros de casting”.
No caso particular da câmara municipal de Esposende, em que o presidente da câmara e três dos vereadores eleitos (Rui Pereira, Jaqueline Areias e Raquel Vale) já se encontram em funções executivas há 6 anos consecutivos, o juízo sobre a competência e adequabilidade aos pelouros regidos por parte de cada um dos vereadores executivos ganha maior base e atualidade.
Embora não sendo usual a ocorrência de um remodelação da equipa camarária, nada impede, porém, que se faça um ajustamento nos pelouros atribuídos, quando o seu responsável manifesta pouca propensão para os mesmos.
Rui Pereira, vereador com os pelouros, entre outros do Turismo e Desporto, tem promovido, ao longo dos anos, inúmeras iniciativas nas suas áreas de especialidade. Muitas dessas iniciativas envolvem a participação dos agentes económicos locais.
Ora, pela experiência adquirida e boas provas dadas, parece claro, nesta fase da governação camarária, que pelouros como os do Comércio e Indústria, que atualmente estão na esfera da vereadora Raquel Vale, poderiam, muito bem, ser atribuídos a Rui Pereira. Ganhar-se-iam aqui, pensamos, importantes economias de escala e uma abordagem mais estratégica e global no plano económico.
Outro ajustamento que salta à vista é o que se prende com o pelouro da Cultura. Jaqueline Areias não é um Paulo Cunha e Silva, nem tal lhe era exigido, mas 6 anos depois, fica a impressão que a Cultura é um pelouro que está aquém do seu (muito) potencial. A recente polémica da demissão da maestrina Helena Venda Lima da direção coral do Coro de Pequenos Cantores de Esposende e do Coro Ars Vocalis, entretanto revogada pela própria após intervenção direta do presidente da Câmara (o que não deixa de ser sintomático e revelador da perda de autoridade e expressão da vereadora) é apenas mais uma estória de um pelouro que, dificilmente, ficará para a história do executivo de Benjamim Pereira.
O futuro de Esposende que Benjamim Pereira se propôs ganhar durante estes 4 anos está ainda por cumprir na sua plenitude. Volvidos dois anos, distinguem-se claramente as áreas que já se encontram em velocidade cruzeiro, daquelas que ainda continuam a marcar passo. Deixar que tudo continue na mesma, à boa maneira portuguesa, ou dar um novo impulso à sua governação, é o desafio que se coloca ao presidente esposendense até ao final do ano. 

*Publicado no Jornal Notícias de Esposende, n.º 42/2015 - 14 Novembro

sábado, 14 de novembro de 2015

João Pedro Lopes, a direita e a matemática


A direita esposendense, tal como a direita nacional, viu o tabuleiro do xadrez político ser alterado e de uma forma agressiva.

A direita em Esposende vale cerca de 70% em eleições autárquicas e é com esta percentagem que todos os candidatos desta área têm de fazer contas. Dificilmente vai existir uma migração de votos entre esquerda e direita se não houver caras novas quer de um lado, quer do outro. 

Com a candidatura de João Pedro Lopes temos mais um candidato que vai repartir esta percentagem à direita, sendo eu da opinião que o seu passado no CDS vai pesar no momento do voto. 

Fazendo a previsão de termos o anúncio de João Cepa como candidato independente às próximas autárquicas, serão 4 os candidatos à direita em Esposende: Benjamim Pereira, João Cepa, João Pedro Lopes e o candidato do CDS.

E é aqui que a matemática entra em jogo.

Tendo em conta que teria de ocorrer uma catástrofe para um candidato do PSD ficar abaixo dos 30% isso liberta cerca de 40% dos votos para os restantes candidatos. 

Sabendo que o CDS concorrendo com candidatura própria vale sempre 7%, temos cerca de 33% para os 2 independentes.

E aqui é que a matemática fica complicada.

João Pedro Lopes irá buscar algum eleitorado ao CDS e aos descontentes do PSD, o que lhe vai permitir chegar rapidamente aos 4 ou 5%, ficando os restantes 28 ou 29% para João Cepa.

João Pedro Lopes terá de apostar no efeito Bloco de Esquerda, deixar que Benjamim Pereira e João Cepa se gladiem e se denigram na praça pública, e avançar com ideias claras e acima das lutas pessoais e dos conflitos palacianos que irão aparecer e assim aproveitar quem vive descontente com o atual executivo mas não quer o regresso de João Cepa.

Quanto a Benjamim Pereira e João Cepa, prevejo uma luta que se vai resolver em 2 tabuleiros diferentes: coligação com CDS e juntas de freguesia.

Quem dos 2 conseguir uma coligação com o CDS terá as portas escancaradas para a vitória já que não prevejo migração do eleitorado do PS para Benjamim Pereira e muito menos para João Cepa e do eleitorado do PCP muito menos.

Outro tabuleiro onde esta vitória vai ser resolvida é nas listas das juntas de freguesia.

Quem conseguir garantir o maior apoio das juntas de freguesia e dos seus presidentes terá uma vantagem considerável e quase inultrapassável, já que poucos são os casos em que quem ganhou a câmara não ganhou a junta de freguesia ao longo dos últimos anos.

Um dos momentos decisivos das eleições será a elaboração das listas candidatas às juntas de freguesia já que será a primeira avaliação do ambiente político.

A mudança do PSD para uma lista independente não é tão fácil como parece, já que se apenas 2 ou 3 freguesias mudarem de lista fará com que os seus presidentes fiquem isolados quer na sua força junto da Câmara Municipal, quer junto do partido.

Os novos presidentes da junta de freguesia que apareceram em 2013, tal como o presidente da câmara, ainda não dispõem do peso político e de um carisma que os torne apetecíveis ao ponto de lhes tolerar esse comportamento e muitos não conseguem sobreviver fora do partido.

A irrelevância política do PSD- Esposende provocada por João Cepa e Benjamim Pereira nos últimos anos,  faz com que a sua distrital não vá ser complacente com quem saiu e queira voltar para as suas fileiras, nem que deva estar disposta a ter grandes dores de cabeças na escolha do candidato. No ambiente autárquico só me lembro de Avelino Ferreira Torres que tendo sido eleito pelo CDS saiu para concorrer como independente e voltou novamente ao CDS e com os resultados conhecidos.

Esposende serve como mais uma câmara para poder fazer número quando forem apurados os resultados das autárquicas e apenas isso.

Resumindo, este é a oportunidade para o PS-Esposende!

Uma fragmentação dos votos da direita pode significar uma excelente oportunidade para uma aproximação ao principal candidato.

Não tenho nada contra João Nunes, o único vereador de verdadeira oposição em Esposende, mas o PS - Esposende necessitava de uma cara nova e que começasse em campanha imediatamente para aproveitar a dispersão de votos que irá ocorrer e com uma aliança ao PCP tornaria ainda mais real a possibilidade de liderarem a Câmara, já que poderão facilmente chegar aos 30% de votação e isso vai levar ficar próximo principal candidato.

A ver vamos...

sábado, 31 de outubro de 2015

Anuário Financeiro

A “Esposende em revista” foi uma boa ideia.

Sou da opinião que os organismos municipais se devem munir dos meios de divulgação para que as suas obras sejam visíveis e conhecidas e que não podemos remeter tudo para o Facebook, já que sou daqueles que ainda acha que as redes sociais não têm a dignidade e a respeitabilidade para se guardar a informação para que as gerações futuras a consultem.
Posto isto e aproveitando a máquina já existente, penso que o executivo camarário e todas as empresas municipais que surgiram da separação de serviços (Esposende Ambiente,Esposende 2000, etc) deveriam fazer a publicação do seu anuário financeiro para o exercício do ano que decorreu.
Sei bem que muitos me irão dizer que o relatório e contas existe e está disponível  mas seria uma prova de independência e de clareza perante todos que estas contas fossem de conhecimento generalizado.
Sejamos sinceros, o relatório e contas do executivo têm cerca de 240 páginas e uma considerável parte delas falam da alocação de tempo dos funcionários camarários e do balanço social da Câmara e outras informações que não importam de forma e poucos são aqueles que olham com atenção para os seus números.
Seria proveitoso que quem recebe os nossos impostos elaborassem um anuário em que fossem demonstradas de uma forma clara e inequívoca as fontes de rendimento e as fontes de despesa, com especial ênfase para as despesas contratualizadas, ou seja, para as despesas que eles pagarão durante períodos de 2 ou mais anos à mesma entidade.

Não esperava que lá fossem descritos todos os contratos porque isso tornaria o relatório intragável, mas uma informação sucinta que responda às perguntas “quanto?”, “a quem?” e “porquê?”.
Esperava sim que as rubricas “outros” fosse paulatinamente eliminada, já que olhando para as contas vemos alguns valores consideráveis alocados a esta categoria e ,sejamos novamente sinceros, os “outros” funciona sempre como um escape quando existem dificuldades na categorização de algo. Não é um problema exclusivo deste camarário, mas da esmagadora maioria das empresas privadas e organismos públicos.
Engana-se quem acha que esta minha ideia têm como propósito descobrir alguma megalómana despesa nas contas que estava a ser escondida. Sei bem que nos tempos que correm muitos são aqueles que vasculham todos as letras dos documentos oficiais para descobrirem alguma coisa para fazer barulho no mundo virtual. Sim, estou a falar do “Espoleaks”.
Esta ideia têm como objetivo criar uma nova bitola em Esposende, onde as contas e as despesas sejam claras e cheguem a toda a gente e caso Benjamim seja sucedido pelo próprio Benjamim, por João Cepa, João Lopes ou pelo Pato Donaltim o novo executivo seja obrigado a ter o mesmo procedimento e a mesma clareza e transparência na hora de apresentar contas.

Esposende Rádio: uma crise sem fim à vista

A Esposende Rádio é património imaterial do concelho de Esposende.
Durante largos anos, em que não havia internet e a televisão resumia-se a 2 canais públicos apenas (a que mais tarde juntaram-se 2 canais privados), a Esposende Rádio foi o referencial de informação e animação do concelho.
De modo especial, recordo-me de muitas tardes desportivas do domingo, em que acompanhava o relato dos jogos da Associação Desportiva de Esposende, com passagem pelo meio por outros campos onde jogavam o Marinhas, Fão, Apúlia ou Forjães.
Outra grata recordação é a que se prende com a noite eleitoral das autárquicas, em que ficávamos a saber pela Esposende Rádio, em primeira mão, os resultados globais e de cada uma das freguesias.
Muitos outros ouvintes guardarão especial saudade do popular programa “Discos Pedidos”, um clássico entre muitas rádios locais.
Com o advento da internet, dos canais por cabo ou por internet, muitos órgãos de comunicação social, desde a imprensa escrita passando pela rádio local, não conseguiram acompanhar a evolução dos tempos, acabando por ser ultrapassados na curva.
Recordo-me de um dia um gerente de uma grande empresa nacional ligada ao sector automóvel ter contado que nos anos 80 do século passado comprou um livro sobre as 100 maiores empresas de Portugal. Volvidos mais de 20 anos, quando voltou, por curiosidade, a pegar nesse livro reparou que grande parte dessas empresas já não existia.
Nos últimos anos, a Esposende Rádio sobreviveu sobretudo graças à carolice e disponibilidade de um punhado de valorosos esposendenses que, dando acção à sua paixão pela telefonia, asseguraram uma programação que, longe de ser a mais completa possível, tentou, pelo menos, fazer cumprir a missão pública que presidiu à fundação da Esposende Rádio.
Nos últimos meses, a Esposende Rádio tornou-se, pelas piores razões, uma carregada sombra de um passado outrora fulgurante.
Sem locutores, com uma programação inexistente, e com os constantes rumores sobre as graves dificuldades financeiras da empresa que detém a sua licença, coloca-se um enorme ponto de interrogação sobre o futuro da Esposende Rádio, um dos mais antigos órgãos de comunicação social do concelho e que no ano passado foi distinguida pelo Município pelos seus 25 anos de actividade.
Esta semana, João Cepa, director do Esposende Acontece, voltou a desmarcar-se de notícias que apontavam-no como potencial interessado na gestão da rádio. No entanto, não deixou de manifestar apreensão pelo estado da rádio local, sugerindo até uma intervenção por parte do Município, designadamente na realização de publicidade através da rádio.
Pessoalmente, entendo que, por princípio, não é bom que um órgão de comunicação local fique bastante dependente dos dinheiros que vêm do Município. O pluralismo e opinião livre ficam condicionados. Por outro lado, o Município não pode acudir a uma empresa privada que não se modernizou, nem soube procurar fontes de receita alternativas.
Em todo o caso, parece-me pertinente que se debata o estado actual da comunicação social local e, no caso concreto da Esposende Rádio, se tentem descortinar alternativas para que o serviço público em Esposende continue também a ser feito a partir da telefonia. A esse título, encontra-se em curso uma petição pública que apela a uma nova direcção da rádio.
É um dever de todos os esposendenses não deixar apagar um bem inestimável e que nos acompanha por toda a vida: a rádio local.  O serviço público prestado a milhares de esposendenses, com destaque para aqueles que residem fora do país, impõe que a rádio continue a ser uma realidade no concelho.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Os candidatos!!

Não fossem as "3 castanhas" que o SCP enfiou ao SLB no passado fim de semana e por estes dias teríamos a cabeça moída de ouvir as ameaças do Costa e a novela habitual dos "ministeriáveis"!

Não nos valeu Deus, mas safou-nos o Jesus! Arranjou um tema de devaneio para a malta e assim passamos todos a semana (ainda que com uma certa azia... das "castanhas") de uma forma mais animada.

O Costa perdeu o pio. Agora quem fala é a Catarina d'Aljubarrota, pois é ela que "veste as calças" daquela "união entre pessoas de sexo diferente" chamada coligação de esquerda.
(Será que vão querer legislar também sobre as uniões múltiplas de pessoas de qualquer sexo? Era de nível: o chamado "refustedo" passar a chamar-se também casamento! Só para dar uma ideia de país muito "à frente").

Posto isto, num panorama nacional melancólico aparece Esposende!

Por cá, o Esposende24 noticiou hoje que

João Cepa dá “nega” à rádio e assume não ser candidato autárquico neste momento"

Nada que nos surpreenda.
Quem foi autarca durante uma dúzia de anos não precisará certamente de correr maratonas com bandeira de "candidatável". Aliás, este dizer que "para já" é necessariamente um "NIM". Não diz que é e assim vai dizendo que também não diz que não é. (O trocadilho é propositado!)

A dúvida põe-se: E Benjamim Pereira será candidato?

Por sua vez o Jornal Notícias de Esposende, apresenta no seu facebook uma notícia semelhante à "concorrência"

Ora, se quanto ao primeiro "não candidato para já" os timmings pouco relevarão, já quanto ao segundo... a caravana tem que sair para a rua depressa, apesar da chuva. De preferência mexendo tantas perninhas quantas as do polvo!

A título de exemplo... os 1350 friends do João Pedro Lopes no "facebook" reduzem-se a 22 na página "João Pedro Lopes - Figura Pública"! (Vale o que vale... mas chamemos-lhe "sondagem"!)

São conhecidas as tomadas de posição de João Pedro Lopes sobre assuntos concelhios, mas daí a correr uma maratona destas sob o rótulo de "independente"... creio que é uma candidatura ao jeito da minha participação em provas de "trail running" - é arrancar a passo e terminar coxo! 

Claro que podemos ver isto com desportivismo e até acreditar que uma coligação de minorias pode chegar ao poder! (Será esse o rasgo de JPL? Ser a Catarina Martins de um dos lados de um PSD dividido?)

Pior se torna o arranque quando a notícia nos diz que o jantar foi realizado para o efeito! 

(Ler em tom Ricardo Araújo Pereira a imitar o Professor Marcelo)
Vá, então a gente marca um jantar para ponderar ser candidato? Isso pondera-se no travesseiro e depois diz-se na rua para ouvir comentários!

Voltando ao tom normal.
Há ainda quem por aí fale de uma candidatura de esquerda com peso (político, entenda-se), o que só viria baralhar ainda mais as contas e abrir a porta à PáF em Esposende!

É que feitas as contas:
- Se o João Pedro Lopes, independente, fintar uns 10 ou 20 votos ao CDS - o CDS quase se extinguirá;
- Se o João Cepa, independente, fintar umas centenas de votos ao PSD... pode a maioria laranja desaparecer;
- Se o PS apresentar um candidato que agregue votos que existiram em Marinhas no tempo do Losa Esteves, com votos de Apúlia, Fão e Esposende dos tempos do Sr. Felgueiras... 

Isto pode vir a dar um cenário bonito! 

Uma coisa vos asseguro: Eu não sou candidato! (Pelo menos até à hora do jantar (só para manter o "suspenso")).

sábado, 24 de outubro de 2015

Pequenas luzes!

Não só para criticar serve este espaço, mas também para enaltecer o que de bom se faz no concelho.

Falo da aparente insignificante obra da renovação da iluminação publica em Esposende.

De um momento para o outro fez-se luz, no verdadeiro sentido da frase, em algumas zonas que estavam na escuridão, e agora até dá mais vontade de passear à noite e a cidade parece que ganha uma outra amplitude.

Sou sincero ao dizer que nunca tinha visto a iluminação pública como algo a rever e por isso fiquei agradavelmente surpreendido.

Agora faz falta avançar para a reconstrução do piso para acabar com as lombas no empedrado.  

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

PS Esposende modo Arnaldo Matos

Algumas pérolas retiradas do último comunicado do PS Esposende, o qual visa, de forma muito especial, Benjamim Pereira:

«Sacudir o facto de não deter a maioria do capital é o chico espertismo próprio dos saloios, esquecendo-se que 49% são do Município.

«Mais grave ainda se transforma esta visão tosca e tacanha, própria de um provinciano, de que não é do interesses da Câmara (…)»

«argumentando de forma campesina com a tirada de que (…)»

«Triste visão e tão grande tacanhez!»

«Benjamim Pereira deu uma resposta lapidar, e demonstra a forma tosca, absolutista e a sua falta de cultura democrática, como ele vê a democracia e o seu conceito sobre a gestão da coisa pública (..)»

«Benjamim Pereira tem uma falta de pudor que arrepia.»

«Só posso dizer que isto é uma vergonha!», termina assim o referido comunicado.

Permitam-me a franqueza: depois de tão eloquentes loas dirigidas a Benjamim Pereira, este comunicado do PS Esposende só poderia ter terminado de forma igualmente épica:

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Exame à Câmara

No passado dia 7, assinalaram-se dois anos de mandato do atual executivo camarário. Boa ocasião, portanto, para fazermos nova avaliação à prestação do presidente da Câmara e de cada um dos vereadores eleitos. 

Benjamim Pereira (2015  12,5 valores; 2014  13 valores)
(Presidente, com os pelouros do Desenvolvimento Económico, Administração e Finanças, Juntas de Freguesia, Ordenamento do Território, Obras Municipais e Ambiente)

Francisco Melo: Depois de um primeiro ano de mandato marcado pelo grande enfoque na área das infraestruturas, não se pode dizer que os 365 dias seguintes de Benjamim Pereira à frente da autarquia esposendense tenham sido muito diferentes.
Em março tínhamos aqui dado conta do exemplo de Penafiel, cujo presidente da Câmara de Penafiel, que tal como Benjamim Pereira integrara o executivo anterior, lançara um plano de atração de empresas e criação de emprego no seu concelho. 
Perguntávamo-nos por que é que Benjamim Pereira não seguia idêntica abordagem se, afinal de contas, o seu mote de campanha fora “Ganhar o Futuro”.
Dois anos volvidos, começa a solidificar-se a impressão de que o desenvolvimento económico é o parente pobre dos pelouros a cargo do presidente esposendense. Faz lembrar aqueles treinadores resultadistas, que estando a ganhar 1-0, preferem segurar o resultado a tentar algo mais.
Nota: 13 valores.

João Felgueiras: Dois anos já decorridos sobre a governação do Município de Esposende e Benjamim Pereira parece ainda não ter “ganho o futuro”. Benjamim Pereira tem conduzido um Executivo que no que concerne a Obras Públicas mais não passa de uma espécie de fiscal, pois, o investimento autárquico nas grandes obras (algumas delas estruturantes e com as quais concordo) tem vindo a ser feito através dos Planos da Polis Litoral Norte, ou da agora designada Águas do Norte. Alguns dirão que ainda bem que a Câmara aproveita estes fundos. Certamente que faz bem!...
Um outro aspeto em que não se ganhou o futuro, e parece ter ficado no passado, é a alavancagem económica, a modernização do tecido empresarial do concelho e por sua vez a criação de postos de trabalho efetivos. Neste ponto estamos quase conversados, porque pouco ou nada se tem visto… Aquilo que apelidei de “empreendedorismo camarário” está esquecido, metido numa gaveta de um qualquer gabinete… Fala-se em projetos, mas estes tardam em ver a luz do dia!!!
Dois desses projetos, fulcrais para o desenvolvimento do Concelho, foram apresentados com pompa e circunstância, merecendo aplauso generalizado; mas até agora não passaram do plano das intenções. Refiro-me aos casos do Forte de São João Batista e o da Estação Rádio Naval de Apúlia. Espero sinceramente, que tudo tome forma, se possível ainda neste seu mandato.
Mas, verdade seja dita, passados vários anos, mais de uma década, o Plano Diretor Municipal veio a público… Custou mas foi! Teve impasses; teve momentos de surrealismo político, mas no final, um dos documentos estratégicos do Município foi aprovado e encontra-se em vigor. Uma nota positiva para Benjamim Pereira e o seu executivo… Concordemos ou não com alguns aspetos, finalmente o concelho tem um PDM revisto e em vigor.
Muitas outras atividades foram feitas neste último ano, mas nada que se destacasse daquilo que vinha sendo feito nos anos transatos, de outros executivos. Benjamim parece, ainda, não ter soltado as amarras; parece ainda não ter percebido que, com a tão apregoada saúde financeira Camararia, pode fazer mais e melhor…Ele pode olhar, claramente, para as empresas e famílias e promover a sua fixação no Concelho, com tudo o que este já pode oferecer e o que ainda poderá vir a dar.
Nota: 13 valores.

João Paulo Torres: O sucessor de João Cepa na Câmara Municipal arrisca ser igualmente um sucessor de João Cepa na imprensa local. Ainda não tem um site noticioso é certo, mas para lá caminha. Por agora basta-se em marcar presença em 60% das páginas da revista municipal. Prossegue o trabalho de divulgação da sua própria existência entre pares e parece-me que por aí tem feito um bom trabalho.
Por cá, e para não correr o risco de ser injusto, acho que foi fazendo qualquer coisa: as ruas estão geralmente limpas, apoiou as instituições, colocou Esposende nas rádios nacionais...
Esperemos porém que as tão anunciadas “poupanças de milhões” não estejam depositadas num destes bancos “manhosos” da nação... sob pena de um destes dias não termos obras nem dinheiro. 
Tem ainda o grande trabalho pela frente para "arrumar a casa" e o estado de graça dá sinais de caminhar para o inverno.
Nota: 12 valores.

Manuel Pereira: Continua na sua toada pacífica e quase inexistente na gestão da Câmara Municipal. Aparece muito em ocasiões sociais mas têm pecado por não mostrar novos rumos para o concelho ao nível do emprego, acessibilidades e de infraestruturas. Sabendo que o dinheiro não abunda nestes tempos a sua ação vai ser sempre reduzida nestes campos mas precisa de aparecer com algumas novidades para animar e galvanizar as forças do concelho.
Ao nível político, Benjamim Pereira não parece ter estado interessado em fazer a purga necessária de alguns dos seus vereadores, e na direção do PSD Esposende, da anterior gestão e ainda fiéis a João Cepa para estar mais seguro para as eleições autárquicas que se seguem onde muito provavelmente vai contar com a candidatura independente de João Cepa e uma lista de independentes e antigos elementos do PSD.
Nota: 12 valores.


Maranhão Peixoto (2015 – 13,5 valores; 2014 – 14,5 valores)
(Vice-Presidente, com os pelouros da Gestão Urbanística, Iluminação Pública, Mobilidade, Protecção Civil e Segurança e Florestas)

Francisco Melo: Um segundo ano de mandato tranquilo.
Nota: 16 valores.

João Felgueiras: O Vice-Presidente parece ter tido mais trabalho no início do mandato do que propriamente agora, A Gestão Urbanística merece uma atenção especial; os centros urbanos cada vez mais têm casas devolutas e situações pouco compreensíveis no sentido arquitetónico, estético e enquadramento de edifícios envolventes… Esposende não é exceção. É necessário um plano que olhe para os edifícios devolutos e que os potenciais compradores possam ter benefícios na sua compra e requalificação, melhorando assim o aspeto das freguesias onde esses imóveis se encontram. A zona sudeste da cidade, continua sem solução.
Quanto a iluminação pública, muitas das competências estão atribuídas às Juntas das Freguesias, no entanto, continuam-se a verificar muitas zonas em que a iluminação é parca, ou que por uma ou outra situação se encontram há vários meses sem a manutenção devida…
Uma nota positiva para a dotação de mobilidade em espaços públicos para pessoas de mobilidade reduzida.
Parece-me um pouco desenquadrado, pois, as suas reais e reconhecidas capacidades talvez fossem mais úteis se direcionadas para a área em que já deu excelentes provas. 
Nota: 12 valores.

João Paulo Torres: Ao que me é dado saber, na pasta mais importante que titula mantém a agenda aberta para receber a população, facto francamente positivo. Numa época em que a construção está estagnada não se perspectiva contudo muita margem para mostrar aptidões ou ausência delas.
Não embarca em “feiras de vaidades” e mantém-se fiel a registo de sempre. 
Creio contudo que estaria melhor no pelouro da Educação e Cultura.
Nota: 14 valores.

Manuel Pereira: A posição de vice-presidente é sempre ingrata porque fica sempre alocado à performance do seu presidente.
Em termos de mobilidade foi notado a instalação de rampas e passadeiras nas ruas de Esposende, e não havendo catástrofes naturais a sua ação na Proteção Civil e Segurança fica sempre na sombra.
Deixo como sugestão o inicio de diligências para um melhor aproveitamente e planeamento das nossas matas para evitarmos o reaparecimento dos incêndios de verão.
Nota: 13 valores.


Rui Pereira (2015 – 17 valores; 2014 – 17 valores)
(vereador do Desporto, Juventude, Turismo e Transportes)

Francisco Melo: Rui Pereira protagonizou as ações de maior visibilidade autárquica no 2º ano de mandato, promovendo uma programação de Verão equilibrada e diversificada que se traduziu numa afluência ao concelho e movimentação sem paralelos nos últimos anos, fazendo de Esposende um destino turístico privilegiado.
Vereador atento, utiliza com frequência as redes sociais para esclarecer iniciativas ou medidas autárquicas, assim como para dar seguimento a reparos que munícipes vão fazendo.
Como aspeto a melhorar encontra-se a dinamização da oferta cultural/turística antes e pós-Verão (tarefa a ser dividida com Jaquelina Areias).
Nota: 18 valores.

João Felgueiras: Continua a ser, sem sombra de dúvida o mais destacado vereador do Executivo, e relembrando o que escrevi faz agora um ano, é-o pelo seu dinamismo e diligência, qualidades potenciadas pela visibilidade que o pelouro lhe dá. Continua a ter uma das grandes fatias do orçamento, mas também a investir em iniciativas (algumas delas inovadoras no âmbito concelhio) que dão projeção ao Concelho no âmbito Regional e Nacional. Os resultados têm sido visíveis…
Apenas um reparo: deverá tentar alargar ou recalendarizar algumas iniciativas para alturas do ano em que o Concelho não tem tanta atividade e por consequência têm menos gente…
Nota: 17 valores.

João Paulo Torres: Manteve o ritmo do ano anterior. Continua a ser o rosto mais visível da dinâmica local, centrada no turismo e no desporto. Creio mesmo que este ano ainda superou o primeiro ano de mandato. Enfrenta contudo uma dificuldade sem solução milagrosa à vista: a sazonalidade! Esposende é dinâmica no verão mas esmorece no inverno. As condicionantes climáticas do Inverno não permitem com segurança de realização muita dinâmica. 
Com inegável perda para o concelho, teria sido garantidamente um bom quadro a lançar por Esposende nas recentes legislativas para um lugar de deputado.
Nota: 17 valores.

Manuel Pereira: Continua como o elemento mais fulgorante desta Câmara.
Atingiu um novo patamar no turismo com a animação do verão de 2015 que foi intensa e muito elogiada por todos, quer munícipes e turistas. Pessoalmente, penso que é chegada a hora de pensar o turismo também numa vertente de infraestruturas, com a recuperação dos hotéis devolutos e uma tornar alguns espaços turísticos(principalmente os museus) mais visíveis.
Ao nível do desporto e da juventude continua em bom plano com diversas atividades vocacionadas para as associações desportivas e para os munícipes.
Peca pela vertente dos transportes, onde seria interessante dinamizar as rotas dos transportes públicos diárias para o Porto e Braga e para o aeroporto do Porto durante o verão.
Nota: 17 valores.



Jaquelina Areias (2015 – 11,5 valores; 2014 – 11,5 valores)
(vereadora da Educação e Cultura)

Francisco Melo: Escrevi no ano passado que faltava a Esposende um bom ciclo literário que trouxesse até nós alguns vultos da língua portuguesa (como faz a Póvoa), ou de cinema (como faz Vila do Conde) que desse a conhecer algumas obras da sétima arte que marcam a história. Não foi ainda no 2º ano de mandato que se lançou a pedrada no charco da quase inexistente oferta cultural local.
O final de 2º ano de mandato fica marcado pela polémica com o Coro dos Pequenos Cantores, que não favorece a vereadora.
Nota: 12 valores.

João Felgueiras: É verdade que a Educação e Cultura tem sido o “parente pobre” da Ação Governativa Central, mas a nossa Câmara tem feito bandeira do muito que diz fazer a nível Educativo.
Algumas ações têm sido levadas a cabo no sentido de dar a conhecer a situação da Educação no Concelho, mas pouca efetividade têm tido essas ações nos agentes educativos. A Educação precisa de ser olhada com um cariz mais profundo por parte dos agentes locais e não só da Câmara, mas desse “olhar” profundo devem sair medidas concretas para um reforço da educação e da maneira de educar…
Uma articulação cada vez maior entre as escolas e os museus, a criação de espaços de debate e seguimento de ideias a implementar, uma dinamização cultural mais efetiva ao longo de todo o ano, o enraizamento de uma cultura de associativismo e educação da cidadania são pontos chave em que se deve apostar fortemente.
Este segundo ano de mandato fica claramente marcado pela “novela” que perdura e que está a pôr em causa o ensino artístico de muitas crianças e jovens da Escola de Música. A falta de resposta a várias situações “nebulosas”; o impasse vivido por crianças e pais; o impasse vivido entre o Conselho Pedagógico e a Gestão da Escola (da qual a Câmara detêm 49%, quando já deteve 51% , “desaparecendo” os 2% do âmbito Camarário sem grandes explicações), tudo isso faz com que vereadora Jaqueline tenha de “afinar as agulhas” e mandar seguir um comboio em que os alunos, pais e professores se sintam satisfeitos e protegidos. Continuo a achar que se deve aguçar o engenho e a arte, na área educativa e cultural concelhias.
Nota: 11 valores.

João Paulo Torres: Sem grande agenda é uma séria candidata a trocar de pelouro com a vereadora do CDS.
Nota: 10 valores.

Manuel Pereira: Ser vereadora da cultura e da educação em Esposende nunca é fácil. Deveria ter aproveitado mais o projecto com a Universidade do Minho para se mostrar no campo da educação e deve apostar na rede de infantários e ATL’s como prioridades para uma melhoria da qualidade de vida. No campo da cultura deve aproveitar o investimento que está a ser feito no turismo e assegurar o cartaz de atividades culturais e recreativas no Outono e Inverno numa altura em que existe uma crónica falta de oferta de tais eventos em Esposende.
Nota: 13 valores.


  Raquel Vale (2015 – 13 valores; 2014 – 11,5 valores)
(vereadora da Coesão Social, Saúde Pública, Mercados e Feiras, Comércio e Indústria, Agricultura e Pescas e Qualidade e Modernização Administrativa)

Francisco Melo: Deu mais nas vistas no 2º ano de mandato, sobretudo na área social. Parece-me que o pelouro do comércio e indústria, nos 2 anos que restam de mandato, ficariam melhor entregues a Rui Pereira.
Nota: 13 valores.

João Felgueiras: Foi talvez a nota menos conseguida que dei o ano passado… Mas há sempre tempo para emendar a mão a alguns erros ou injustiças!
Sabemos bem da situação social que o Pais atravessa; sabemos que existem situações bastante complicadas agravadas pela crise económica (e não só); no entanto o Concelho de Esposende tem sabido atuar para colmatar algumas dificuldades dos seus Munícipes… A Loja Social continua a funcionar de forma exemplar. Bem se sabe que poderão existir situações sociais escondidas, mas do que se conhece a ação tem sido eficaz.
A Qualidade e Modernização Administrativa também tem conseguido distinções e essa é uma nota positiva e de registo para o Município e para a Vereadora em particular.
Nota: 16 valores.

João Paulo Torres: A loja social é uma referência. Lidera contudo pelouros “sem palco” pelo que a tarefa é menos visível. 
Nota: 13 valores.

Manuel Pereira: A vice.presidente sombra continua em demasia na sombra. Sei que nem todos podem aparecer e que é através da Indústria, agricultura e pescas que Raquel Vale se pode mais fazer notar. Num concelho de pesca e agricultura é relativamente acessível tomar algumas medidas e não ter participado no grupo de autarcas que foi expressar as suas ânsias pela proibição da pesca da sardinha não deixa de ser estranho e um tiro no próprio pé. As cotas leiteiras entraram em cena e não se viu nenhuma movimentação no sentido de perceber como isso afeta a agricultura em Esposende, algo também estranho e um tiro no pé.
Nota: 10 valores.
  

João Nunes (2015 – 12 valores; 2014 – 15 valores)
(Vereador PS)

Francisco Melo: Depois de um primeiro ano de mandato marcado por uma oposição construtiva, assente em diversas intervenções, o segundo ano regista um apagamento do vereador socialista. Houve uma polémica inútil a propósito do PDM motivada pelo presidente da concelhia do PS Esposende, de que João Nunes demarcou-se energicamente, mas sem que tenha havido consequência junto da comissão política local.
Fica a impressão de que este 2º ano e os 2 que restam serão mero cumprir calendário por parte do vereador socialista.
Nota: 12 valores.

João Felgueiras: Continua a ser o único vereador da oposição que faz oposição… Coerente na forma de estar, coerente e firme na forma de pensar, continua a ter como ponto de honra a defesa de maior apoio às famílias por parte da Câmara Municipal.
Mostra-se bem preparado e seguro nos temas a serem discutidos em reunião de Câmara e tem colocado os interesses dos Esposendenses acima dos interesses partidários (como já o tem feito em várias reuniões de Câmara e até mesmo na Assembleia Municipal). Tem sido cooperante quanto o tem de ser; e divergente quando deve.
Tem tomado as posições corretas face a algumas atitudes “menos felizes” por parte da Câmara, nomeadamente as relacionadas com a não entrega de documentação importante, relativa ao processo de aprovação do PDM, por exemplo.
Nota: 16 valores.

João Paulo Torres: Depois de um primeiro ano a prometer “revelar-se”... voltou ao registo habitual. 
Nota: 9 valores.

Manuel Pereira: Mais um ano passou e João Nunes continua a sua participação nas Assembleias municipais como uma voz critica e preocupada com o rumo do concelho. Têm uma voz própria e neste ano demarcou-se das declarações do PS Esposende acerca do PDM e de algumas considerações menos próprias mostrando independência. Cumpre a sua função de vereador e penso que este deveria ser o seu último mandato e ceder o lugar de candidato autáquico pelo PS a outra personagem nas próximas autárquicas.
Nota: 12 valores.


 Berta Viana (2015 – 10,5 valores; 2014 – 11 valores)
(Vereadora CDS)

Francisco Melo: O 2º ano de mandato seguiu a tendência do primeiro ano, com o CDS a acompanhar muitas das propostas do executivo camarário, sem ser, portanto, uma oposição de «facto».
Se essa colagem ao PSD terá a devida compensação daqui por 2 anos logo se verá, embora seja uma jogada politicamente muito arriscada,
Nota: 11 valores.

João Felgueiras: Mantém-se numa toada de PàF como representante do CDP-PP de Esposende, se bem que após as eleições internas dos órgãos do CDS-PP concelhio, a Dr.ª Berta Viana tenha ficado “mais isolada” no apoio do seu partido. Quase sempre “complacente” com as decisões tomadas pela maioria, parece-me ficar “encurralada” entre aquilo que na verdade quer e a fidelidade à estratégia do seu Partido a nível nacional. 
Apresentou uma proposta sobre de redução de IMI que a quase todos passou despercebida, porque da sua ideia, logo outros se apoderaram. Precisa de se libertar para mostrar o que vale na realidade.
Nota: 11 valores.

João Paulo Torres: Corre o sério risco de representar a PàF em Esposende e passar a integrar o executivo no futuro.
Nota: 8 valores.

Manuel Pereira: Berta Viana segue como o elemento mais discreto dos vereadores da oposição. Parece algo distanciada de Esposende mas não da distrital do partido que a elegeu. Não se ouvem propostas, críticas, dúvidas acerca de Esposende mas Berta Viana continua a progredir na pirâmide do partido. Tal como disse o ano passado, ser o 2º partido em Esposende está ao virar da esquina para o CDS Esposende, mas parece que só o CDS é que ainda não percebeu isso.
Nota: 10 valores.