quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Passeio do idoso a Fátima 2017

Na imagem que ilustra este post estão o actual Presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira, e o seu predecessor, João Cepa.
Ou, se preferirem, o futuro candidato à presidência da Câmara (pelo PSD) e o mais desejado candidato (independente) ao mesmo lugar. 
Daqui por um ano, sensivelmente, os munícipes esposendenses serão chamados a dizer de sua justiça, relativamente aos homens e mulheres que pretendem que os representem nos vários órgãos locais nos próximos 4 anos.
Os 365 dias que se seguem, a partir de hoje, serão fortes em acções de pré-campanha e campanha e todo o evento que junte centenas de eleitores não será deixado ao acaso pelos potenciais candidatos.
Uma das iniciativas mais fortes do calendário esposendense, em termos de número de participantes que congrega, respeita ao passeio do idoso a Fátima, que o Município de Esposende vem, desde há larga data, realizando, com o contributo da Igreja local. 
Este passeio costuma ocorrer em Setembro e, de 4 em 4 anos, é inevitável a proximidade da sua realização com a data das eleições. Por isso, não é de estranhar que nesses anos de eleições, a participação e empenho no passeio por parte dos autarcas em exercício e que se vão recandidatar seja ainda mais reforçado. E olha que se calhar alguns nem sequer devem costumar entrar na igreja ao domingo, mas, por amor ao lugar desejado, nesse dia até são capazes de fazer o pleno dos mistérios do Terço...
No Vaticano existe a prática e princípio de o Papa não visitar países onde, nesse ano, decorram eleições presidenciais, não vá influenciar as eleições.
Tal boa prática e excelente princípio poderia, também, ser acolhida pela Igreja esposendense: em ano de eleições autárquicas, não se agenda a realização do passeio do idoso a Fátima para o mesmo mês das eleições, excepto se for para data posterior à das eleições.
A transparência, imparcialidade e separação de águas agradecem. Ainda que os autarcas, sobretudo os que se vão recandidatar, não queiram desperdiçar essa excelente oportunidade para fazer campanha, a Igreja deverá proteger os seus fiéis e não abrir esse flanco.
E deixar o passeio para data seguinte à das eleições seguramente que não custará aos autarcas, visto que estes não cessam imediatamente o mandato com a realização das eleições, permanecendo nos seus lugares ainda mais alguns dias.
Claro que me dirão: bom, então nesse caso é fácil: agenda-se o passeio para junho ou julho. É um facto. Mas aí a confusão de planos é mitigada, sendo, em qualquer caso, sempre melhor do que agendar o passeio no mesmo mês e a pouquíssimas semanas das eleições.

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