terça-feira, 29 de agosto de 2017

O simbolismo da Residencial Acrópole.

Existiu durante vários anos em Esposende e o seu desaparecimento foi pouco notado devido a uma morte lenta.
 
Falo da Residencial Acrópole.
 
Depois do seu desaparecimento o edifício irá ser convertido em apartamentos numa das mais zonas centrais da cidade de Esposende e isso levanta-me algumas dúvidas.
 
Antes de mais percebo perfeitamente que o dono do imóvel queira um retorno do investimento que fez e que Esposende necessita de recuperar o seu centro em termos de 1ª habitação e que esta seja uma solução e nada do que vou escrever aqui é contra a pessoa em causa mas isso não me dissipa as dúvidas.
 
Será que o centro de Esposende necessita mesmo de mais apartamentos? As casas devolutas que existem não são já suficientes para as necessidades da cidade em termos de novas habitações? Não seria possível aproveitar os edifícios já existentes para dar origem a estes fogos habitacionais? Uma das minhas dúvidas.
 
Sendo o turismo uma aposta de Esposende, como podemos deixar que um prédio classificado como alojamento turístico passe a habitação individual não tendo praticamente nenhum hotel no centro de Esposende estando a oferta de hospedagem no centro esposendense resumida ao Hostel 11 e à GuestHouse ? Se no caso do Hotel Nélia percebo que as obras que irão ser necessárias torna a empreitada morosa, no caso da Residencial Acrópole isso não era o caso e como hoje vemos  a renovação foi feita com uma boa celeridade e isso levanta-me algumas dúvidas.
 
Perdemos uma boa oportunidade de ter um hotel em Esposende, e se juntarmos isto à situação do Hotel Nélia, Pinhal e à Estalagem de Fão a aposta no turismo fraqueja na questão das infraestruturas que é onde a aposta significa maior impacto financeiro e necessita de maior assertividade nos investimentos.
 
As minhas dúvidas centram-se no cuidado e no sentido estratégico na gestão das autorizações de construção do edifício da Residencial Acrópole porque se há coisa que Esposende não precisa no seu centro é mais um letreiro a dizer "Vende-se".
 
 
 
 
 
 

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

O passeio é meu

Não sei se existe o hábito de, no final de Setembro, o Município promover, em conjunto com forças policiais, operadores turísticos e agentes económicos, um balanço do Verão que passou, analisando o que de melhor e pior correu, identificando áreas a melhorar para o Verão seguinte.
Existindo ou não esse balanço, evoco aqui uma área (crónico problema) que carece de melhor actuação para futuro: o estacionamento. 
A título de exemplo, na área envolvente da praia de Esposende, são gritantes os atropelos que se cometem diariamente. Os passeios são literalmente ocupados por carros e auto-caravanas, obrigando a que os peões se desviem para a estrada, com os inerentes riscos associados. 
Todos os anos a história se repete. Para fazer vista grossa, mais vale então desafetar os passeios para a finalidade com que foram construídos e render ao abuso que é a sua ocupação por viaturas.
Agora, se houver efetiva vontade para que os passeios sirvam essa exata função, das duas uma: ou o Município exige à GNR que seja mais vigilante e actuante, ou então que coloque pinos junto de alguns passeios, impedindo, assim, que no futuro alguém volte a fazer de lugar de estacionamento um espaço que não serve para tal.

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

ADE, depois da Supertaça temos a vida!

A ADE disputou a Supertaça da AF Braga e perdeu.
 
Alguns dirão que voltou a colocar os pés na terra depois da final de Barcelos, outros dirão que o Arões têm outro potencial, outros como eu dirão que este é um dos momentos em que se testa a maturidade da estrutura e a relação com os adeptos.
 
Claro que continuar na senda das vitórias teria sido muito bom e teria lançado a ADE para um putativo inicio de época com maior fulgor mas isso não aconteceu. Agora é preciso retirar o positivo do jogo de Joane:  presença dos adeptos, qualidade futebolística e matar psicologicamente a "final de Barcelos".
 
Ter mobilizado algumas centenas de adeptos numa tarde de domingo de um fim-de-semana prolongado de Agosto demonstra que a massa associativa responde aos apelos e mais uma vez os Ultras Lobos do Mar fizeram-se notar e daqui envio os meus parabéns pela mobilização.
 
A equipa ter-se batido taco-a-taco com uma equipa que vai disputar uma divisão superior mesmo com 10 jogadores é algo que têm de ser valorizado num clube que não entra em loucuras financeiras.
 
Mas o mais importante é "matar" a final de Barcelos.
 
Todos nos orgulhamos do que foi feito naquela tarde de Maio em Barcelos mas esse foi um momento de exaltação e que deve ser guardado na nossa memória coletiva e deve ficar lá.
 
Não devemos ficar reféns do que se passou nessa tarde e pensar que tudo o que não for igual é porque a ADE está moribunda e poucos são os que se importam como durantes anos ficamos reféns da meia-final da Taça de Portugal.
 
Isso seria o prenúncio de um novo eclipse da ADE.
 
Mas na época que se avizinha ainda muita coisa a ADE têm para ganhar em termos de futebol sénior.
 
Volta às competições nacionais com participação na Taça de Portugal e uma passagem a uma 2ª eliminatória seria um bom resultado, defende a Taça da AF Braga e luta por um campeonato tranquilo e que lhe permita outros voos e no fundo, cimentar o lugar de melhor equipa de futebol do concelho.
 
E acima de tudo, têm de continuar a ganhar a massa associativa e manter a visibilidade e a credibilidade que lhe permitiu aparecer renovada e de cara lavada perante a sociedade esposendense.
 
Vamos a isso...

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Lamento e aplausos

Lamento para o PSD. 
Qualquer semelhança entre a lista de candidatos principais e um qualquer gentlemen's club do século XIX não é coincidência. O PSD Esposende parece não ter querido saber da representatividade e vai tudo corrido a homens. Assim se quer afirmar Esposende... 
Aplausos para Juntos pela Nossa Terra e CDS-PP. Para a Assembleia Municipal apostam numa mulher (Sandra Bernardino e Tânia Lima da Mota, respectivamente). Um refrescamento que se deseja para a política local...

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Maldivas... Não, em Esposende!

Estamos no Verão e nada como um artigo digno da silly season.
 
Por estes dias recebi um email da autoridade para o turismo da Lombardia com o seguinte slogan:
 
 
Uma abordagem corajosa que enfrenta as desvantagens climatéricas naturais de uma região que não têm as praias que muitos procuram ou a frente de mar que quase sempre é uníssona nas escolhas de quem vai de férias.
 
E o que é que isso nos diz respeito? É uma abordagem possível que podemos ter para dinamizar as nossas valências naturais que frequentemente não são aquelas que as pessoas mais desejam no verão com a nossa nortada, água fria e mar revolto e um areal muitas vezes escaço.
 
Nada que uma boa campanha não torne num bom golpe publicitário.