quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Seu Jorge no Ofir ... Gabriel O Pensador em Esposende by S90

Sorria!
Estamos na Silly Season em Esposende!

Depois da "genial" proeza que colocou as nossas corporações de bombeiros a concorrer com a ticketline, eis que nos deparamos com algo ainda mais genial: a actuação de uma jovem banda local em jeito de Gabriel O Pensador no Largo dos Bombeiros!

Quem se lembra desta?



Pois bem, em registo não muito diferente, eis que, em plena época de concertos na vila, sobem ao palco os S90, e com uma nobre maroteira (se assim se podem dizer) demonstram a irreverência da malta nova com um tema digno de sacar tantos sorrisos rasgados como caras tortas e um leve travo a azia na goela!


(Ficam aqui com excerto estando a versão integral aqui)  

Dizem as más línguas que alguns projectos locais ganharam com esta actuação as "hastags" #acabar #extinguir e #quem_os_chamou?, esperando eu que não passem tais comentários de meros boatos maldosos, pois acredito que a liberdade de expressão - pelas artes, diga-se, porque nem só de exposições se faz a arte - também merece lugar no nosso concelho. 

Que teve piada teve! Só não digo que é digno de gerar muita alegria porque o retrato que os jovens ali pintaram é efectivamente o da realidade que os inspira. Talvez esse devesse ser o maior foco de quem decide... e não só o colocar placas de obra em véspera de eleições.



(À parte a tristeza da ideia da venda de bilhetes... se tiverem intenção de ir, comprem os bilhetes aos nossos Soldados da Paz, pois pelo menos vão ajudá-los, ainda que a medida tenha sido um triste remendo de uma ideia ainda mais triste).

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Metam os Pilaretes no...


A conclusão do título fica ao gosto de cada um!

Voltei! Já não me lembrava de cá vir. Não por falta de assunto - pois são tantas as argoladas que mote não faltaria. Por falta de vontade sim! Para a generalidade da malta parece que o marasmo instalado é um local confortável, por isso... remeto o meu desagrado para o meu espaço pessoal no facebook e a pornografia que se passa no "Base" para as minhas conversas de café!

Hoje porém, para memória futura, atrevo-me a escrever aqui sobre os p**** dos pilaretes! Essa medida urgente que levou o nosso executivo a agir! Já não via tanta prontidão em agir desde que veio cá a Tvi filmar o incêndio que destruiu as nossas encostas (as prometidas cortinas florestais... estão ainda na sementeira da semente).

Pois bem! 
Apúlia, aquela bela Apúlia que tão bem descreve o Filipe Queiroga no seu livro "O Infante" (ainda que menos rigoroso na descrição da Apúlia de outrora do que no rigor com que descreve os momentos calientes do Zacarias com aquelas "malucas" com quem se ajavardou em indecências)...

voltando a Apúlia que até me perdi...

... desde que foi construída a ciclovia Apúlia tornou-se o paraíso do matarruano no que a estacionamento respeita. 

O matarruano, vindo de terras de quinto ... quintal, chega aqui à nossa Apúlia e delicia-se a estacionar sobre aquele piso perfeito para os seus poucos dotes de mira!

Ciclovia? Lá na terra dele não há disso! Ou pelo menos não há disso junto à praia! Vai lá um gajo agora estacionar longe? Caminhar de chinelo de dedo magoa juventude!!

Melhor é usar o argumento: "isto aqui não tem jeito nenhum" e pimbas, bota lá a furgoneta para cima daquele passeio lisinho! Código da Estrada? "Ó amigo", código da estrada é coisa que se aplica na estrada! Isto aqui é o passeio! A berma da estrada, a valeta! Capisce?

E haverá lá forma de argumentar contra o matarruano?
Criaram-se parques para responder a esse constrangimento, mas o verdadeiro matarruano que visita Esposende pode fazer as suas necessidades na nossa sala que é tudo normal! É assim uma espécie de javali no meio do milho!

(Nota intermédia: Não, eu não creio que a culpa disto seja dos autarcas, como já ouvi da boca de muitos. A culpa dos autarcas vem de seguida)

Neste cenário, qual é a resposta? Autuar? Nada disso! 
É meter pilaretes a emparedar a ciclovia! Na esperança que o javali esbarre no pilar!

Eu, que até gosto de andar de bicla, mas pouca diferença me faz já que são poucas as vezes que o faço na ciclovia, até não me devia preocupar. Mas, porque também passeio com a minha filha, questiono: alguém ponderou o risco que pode ser para um pai com filho na bicicleta, para uma criança, embater num pilarete? Cair sobre ele?

Não! Pois está claro que não!
Alguém pensou que num dia de caos no trânsito Fão-Apúlia, se um veículo de emergência necessitar passar entre o trânsito ninguém vai poder dar o jeito para a lateral para deixar passar?
Não! Pois claro que não.

Em que se pensa por cá?
Ando a tentar descobrir!

Certo é que a gente vai ali até à Póvoa e ninguém estaciona na ciclovia!
Vila do Conde, cuja diferença de piso não excederá os 5 cms, idem!
Leça da Palmeira? Igual!
Porto?
Espinho?
Nada!
Onde há lei a jaula só surge  no fim da linha!

Cá não!
Cá o Código da Estrada só tem aplicação à saída do Pacha às 7 da matina!
Mais à frente é off-shore! 

Matarruano quer estacionar no passeio? Deixa estacionar! A gente já o trama!
Siga gastar dinheiro ao povo e meter ali uns pilaretes só para arreliar!

Há falta de elementos no corpo da Guarda? Pois haja pressão sobre os comandos territorias para que reforcem os quadros! Ou será que nem ao lado dos nossos guardas conseguimos estar nisso? E pelo meio ainda caímos na tentação de querer que os poucos que temos estejam em todo o lado?

A questão essencial é todavia simples: É este o turismo que queremos?
Não creio!


*****

Uma nota final... e porque caminhamos para meio do mandato... e no mandato passado houve uma reformulação estratégica a meio...

Deixo apenas uma questão: 
- A Nossa Presidente não está por acaso a pensar reformular a equipa? Quiçá, pelo menos, dar posse a alguns que ainda não tomaram posse nos respectivos pelouros? 

É que isto de a ver a trabalhar quase sempre sozinha... apesar de não me preocupar muito... entristece-me! É que com 5 daquela genica... isto era capaz de ter algum rumo! 

E digo isto a pontos de pensar que se ela se recandidatar a Presidente, ainda volto a votar no PSD!


*****


Extra: "O Infante" é a obra da autoria do apuliense Filipe Queiroga sobre a aventura do Zacarias de Apúlia até Paris nos tempos do arroz de quinze. Num "mix" que bem podia ser a história de um Jorge Palma saído de Apúlia à boleia da Ryanair, é um livro jeitosinho para ler na praia e ao sol em férias. Pelo meio tem momentos que fariam corar a Margarida Rebelo Pinto... mas tudo lá bem misturadinho, é uma coisinha engraçada de se ler (e aqui sem qualquer sentimento menor - daqueles que às vezes nos dá para sobrevalorizar o que é da terra).
Recomenda-se, com as férias à porta.

terça-feira, 23 de julho de 2019

Sugestão para férias

Rui Vitória está por estes dias pelo nosso concelho, mais concretamente em Ofir, em estágio com a sua equipa. 
Considerando que o treinador ficará cerca de 2 semanas no concelho, tal poderia, muito bem, constituir uma excelente oportunidade para o Município (vereação do Desporto) levar a cabo alguma acção com o treinador. 
Penso, por exemplo, numa tertúlia.Como homem do futebol, treinador de clube grande e campeão, Rui Vitória, terá, seguramente, muitas ideias e conselhos por partilhar. E como parece ser um bom tipo, certamente que aceitaria de bom grado o repto.
Fica a sugestão.

quarta-feira, 17 de julho de 2019

Cristina Leites

Nunca tive a sorte de conhecer Cristina Leites pessoalmente, mas admiro-a desde que travei conhecimento da sua pessoa e percurso de vida, numa excelente entrevista dada a Mário Fernandes, em 2016.
No 5º ano da Faculdade, na cadeira de Direito do Trabalho, tive um assistente cego. Um tipo brilhante, que nunca se deixou condicionar pela sua limitação. Dizia-nos, numa das muitas conversas fora da matéria que gostava de ter connosco (era mais velho do que nós poucos anos apenas), que, dada a sua condição, enquanto tirou o curso teve sempre de fazer o dobro (estudo, leitura, etc.). E o mais interessante é que dizia isto não em tom de lamento, mas em tom de incentivo, para que cada um, na sua vida e respectivas circunstâncias, dê o seu máximo, para lograr alcançar o objectivo a que tanto se propõe.
Por isso, ao ler Cristina Leites e o esforço que fez para tirar o curso e, depois, singrar profissionalmente, recordei-me muito do meu querido assistente, hoje em dia, doutorado na Faculdade de Direito de Lisboa.
Na entrevista dada a Mário Fernandes, impressionou-me o lamento de Cristina Leites pelo facto de não conseguir sair da cepa torta no Município. Cristina era telefonista, mas dada a sua formação superior, ambicionava poder trabalhar numa área enquadrada com as suas valências académicas (licenciada em Filosofia), no caso, a biblioteca: «por isso, trabalhar numa biblioteca tornaria a minha vida mais completa».
Julgo que este repto, infelizmente, nunca chegou a encontrar eco junto de quem de direito.
A biblioteca de Esposende, de resto, está malfadada para pessoas com deficiência. A minha querida amiga Ilda Daniela, portadora de doença grave, chegou a trabalhar na biblioteca, trabalho que adorava, até ao dia em que dispensaram os seus préstimos, facto que deitou um bocado abaixo a sua moral.
Esposende, à semelhança da sociedade onde nos integramos, tem ainda um longo caminho a percorrer no que toca à inclusão das pessoas com deficiência.
Para além da questão das oportunidades profissionais, observo também, ao calcorrear as ruas da cidade, que faltam acessos nas entradas de muitos estabelecimentos comerciais.
Na hora da despedida a Cristina Leites, a melhor homenagem que se poderá prestar é, pois, dar acção à política de inclusão das pessoas deficientes, a qual deverá saltar para o topo da agenda.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Missão Pavilhão

Nos últimos anos, Esposende tem assistido ao crescimento da prática desportiva, com o surgimento de novas modalidades.
Porém, esse crescimento não é acompanhado das infra-estruturas necessárias e adequadas.
Não temos pavilhões em número suficiente que permitam abarcar convenientemente as modalidades, bem como alargar a prática ao sexo oposto (andebol e voleibol no caso dos homens; hóquei em patins e basquetebol no caso das senhoras). Por outro lado, os pavilhões existentes não oferecem as desejadas condições que hoje encontramos em muitos pavilhões modernos espelhados pelo país.
Falta-nos, sobretudo, um pavilhão referência, multiusos, que servisse igualmente para outras finalidades (congressos, espectáculos de variedades) ou até mesmo para trazer competições desportivas do mais alto nível (i.e. final four de taça de Portugal; jogos de seleção).
A dotação de um pavilhão multiusos no concelho de Esposende será, estou certo, uma questão de tempo. Outra certeza é a de que no dia em que isso acontecer, já virá com uns bons anos de atraso.
Lembro-me de o saudoso Professor Ribeiro, quando foi candidato à câmara, ter colocado o dedo nesta ferida. 
Infelizmente, a ferida continua aberta, sem que os partidos façam dela um assunto das suas agendas. 
Mas as inegáveis vantagens de um equipamento desta natureza saltam à vista...

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Espaços verdes

Esposende é um privilégio da natureza e os seus moradores são uns privilegiados. 
Terra de rio, mar e montanha, são credenciais que nenhuma localidade enjeitaria. 
Ora, atentas essas características diferenciadoras e que tornam a nossa terra um destino agradável para viver e visitar, ganha ainda mais lamento a insuficiência de espaços verdes no concelho, isto é, de parques ou jardins públicos para onde as pessoas possam passear, correr ou merendar. 
A verdade é que qualquer esposendense, ou forasteiro que nos venha visitar, fica limitado à marginal ou ao centro da cidade. O que é manifestamente pouco!
Não refiro, propositadamente, o parque da cidade, pois entendo que a sua concretização (desejada e importante) não pode, nem deve servir para colocar um ponto final na questão dos espaços verdes. Pelo contrário, o parque da cidade deve ser a face mais visível de uma aposta mais global em espaços verdes no concelho.
O facto de Alexandra Roeger ter saltado diretamente da Esposende Ambiente para n.º 2 do executivo camarário, abre expectativas quanto à possibilidade de o Município poder prestar, de modo especial, atenção privilegiada a esta questão durante o presente mandato.
Mesmo com as limitações, orçamentais ou de ordem geográfica, o Município deve tomar iniciativa nesta matéria, seja colocando os departamentos de urbanismo, ambiente ou até mesmo a Esposende Ambiente a idealizarem novos parques ou jardins públicos, seja lançando o repto junto das juntas de freguesia, seja também, e não menos importante, auscultando a sociedade civil, por exemplo, através do orçamento participativo ou abrindo um concurso de ideias para esse efeito.
Qualquer que seja a opção a tomar, o foco tem de ser este: o concelho de Esposende precisa de crescer substancialmente na oferta de espaços verdes!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

A gaivota da Henrique Medina?

Onde está ela?

Andava no 7º ano e fui um dos que vi o monumento da gaivota a ser eregido e a ser erguido e tal como, foi um dos marcos para toda uma geração de estudantes da Escola Secundária Henrique Medina. 

Foi um dos símbolos do esforço conjunto dos alunos da E.S.H.M  e dos seus professores (mais um projecto do saudoso Prof.º Machado) e ao que aparenta perdeu o seu lugar com a renovação da E.S.H.M. 

Numa altura em que os agentes educadores das novas gerações se preocupam em brotar o sentimento de socialização em grupo,o que nem sempre significa uma vertente de entre-ajuda entre elementos de um grupo ou comunidade, seria de todo prudente não eliminar os símbolos de todo esse sentimento que nos faz deixar de ser um grupo de individualidades e nos faz ascender a comunidade. 

Mas também sei que os monumentos quando não são explicadas às gerações vindouras dixam de ter a sua função de símbolo, que perpetua uma vontade no tempo, mas passam a ser exercícios de adoração que desaparecem com a espuma dos dias. 

No final, espero que a gaivota possa dar lugar a um outro qualquer monumento que simbolize tudo aquilo que o anterior significou!