quarta-feira, 25 de maio de 2016

Informação Municipal - um outro olhar


Quem sabe se inspirado no caso esposendense, o Município do Porto estreou-se, muito recentemente, na distribuição de jornal gratuito junto dos respectivos munícipes.
A publicação de jornais ou boletins camarários de natureza informativa encerra sempre grande polémica: desde os gastos associados à produção e distribuição, passando pela parcialidade que domina as notícias publicadas, ao culto de personalidade do edil.
Como o Manuel Pereira oportunamente aqui referiu é positivo que, a bem da transparência, uma Câmara Municipal faça chegar, ao máximo de munícipes possíveis a informação sobre a sua actividade, incluindo as deliberações que são tomadas, as medidas aplicadas ou em curso e, não menos importante, o modo como o orçamento municipal está a ser executado.
Da minha parte, não tenho qualquer preconceito relativamente ao boletim informativo do Município de Esposende.
Nesse âmbito, porque acho que este veículo de informação pode ser melhorado, deixo duas sugestões retiradas do exemplo portuense recém-lançado:
A primeira sugestão prende-se com a entrevista a personalidades do concelho. 
Há esposendenses que se destacam no país e, nalguns casos, até mesmo fora dele, nas suas áreas de atividade. Muitos deles são, porém, desconhecidos à generalidade dos esposendenses. Seria interessante poder dar a conhecê-los. A título de exemplo: daqui a poucos meses temos os Jogos Olímpicos e os esposendenses Teresa Portela e João Ribeiro vão participar. Por que não entrevistá-los, juntamente com Belmiro Penetra, o primeiro esposendense a ter participado nuns Jogos Olímpicos?
A segunda sugestão respeita à participação das forças políticas representadas na Assembleia Municipal de Esposende. 
Sendo o Boletim camarário um meio de comunicação pago com o dinheiro de todos os esposendenses, é da mais elementar justiça que reflicta essa pluralidade, dando também espaço aos partidos que representam todos os munícipes do concelho para partilharem a sua opinião.
Doutro modo, o boletim nunca se livrará da crítica de ser tendencioso e parcial, o que, estamos certos, não se encontrava nas razões fundadoras que presidiram ao seu lançamento. 

domingo, 22 de maio de 2016

Prof.º Manuel Ribeiro, recuperar o ESHM andebol.

Aproximam-se os 10 anos da morte do Prof.º Manuel Ribeiro e deveríamos tratar melhor a sua obra.
E a sua obra foi o andebol na Escola Secundária Henrique Medina, ESHM.
Quem acompanhou o andebol da ESHM em 1996 sabe perfeitamente quais os motivos que levaram à deslocalização do andebol de Esposende para São Bartolomeu do Mar.
Foi uma solução que permitiu a continuação do andebol no concelho, que permitiu que as atletas continuassem a jogar e a trazer bons resultados para o concelho e que deveria envergonhar as nossas forças vivas da cidade, da Câmara à Escola, que permitiram que uma instituição morresse para ressuscitar numa freguesia.

Viviam-se os tempos áureos da equipa da ADE, havia natação e canoagem, logo não havia grande preocupação com o andebol.
Mas isso não implica que se apague a memória porque a memória não se apaga, esquece-se.  
Digo isto porque hoje é difícil, quase impossível, consultar o histórico da ESHM nos anos em que teve clube andebol.
Nem no site da federação nacional de andebol, nem no site da ESHM, nem em lado nenhum, se encontra informação, resultados, classificações, equipas, taças ou fotos ou o símbolo do clube quer da sua secção feminina quanto mais da secção masculina.
E isto tem de ser corrigido.
A ESHM foi o clube em jogo coletivo de maior sucesso em Esposende no pós-25 de Abril.
Primeira equipa sénior do concelho a disputar uma 1ª divisão nacional, equipas das camadas jovens diversas vezes campeãs regionais e vice-campeãs nacionais, campeã da Europa em desporto escolar, muitas atletas nas seleções nacionais, treinadores que começaram na ESHM e chegaram a selecionadores nacionais e às equipas de topo.
Eu sou do tempo em que numa tarde chuvosa de sábado, 2 autocarros saíram de Esposende em direção a Espinho para ver um play-off de acesso à 1ª divisão frente ao Sporting de Espinho, num pavilhão de Espinho repleto e da Rádio Esposende transmitir esse jogo em direto.
Estas memórias vivem em mim e noutros tantos que lá estiveram mas também deveriam viver num local próprio, numa plataforma física que permita ter este acervo disponível.
Estas memórias foram conquistadas na ESHM e não em São Bartolomeu do Mar e é a ESHM que deve cuidar e preservar estas memórias.
Sei que me dirão, porque a memória também serve para isto, que foi pela sua vontade na altura que o acervo de taças e memorobilia foi dado a São Bartolomeu do Mar por ter sido a continuação do clube mas sei que isso não impede que se recupere a informação e que se faça o acerto histórico e esse acervo retorne à ESHM.  

domingo, 15 de maio de 2016

Copa Cávado, por que não?

No próximo ano teremos 4 equipas do concelho de Esposende a disputar a mesma divisão na categoria de seniores.
Seria interessante ser promovida uma competição entre essas equipas à semelhança do que em tempos houve na primeira divisão nacional onde apenas eram considerados os jogos dos 3 grandes, a Copa BES. Seria uma competição em que seriam apenas considerados os jogos entre as equipas do concelho de Esposende, a Copa Cávado.
Seria engraçado promover a competição e aplicá-la sempre numa divisão onde existissem 3 equipas do concelho de Esposende.
Claro está que o que seria verdadeiramente interessante era promover o aparecimento de uma competição de seniores e não apenas de veteranos ao nível concelhio para fazer reaparecer equipas seniores que foram desaparecendo com o tempo, casos do Fão, Gandra, Antas, Estrelas de Faro, Belinho, etc...
Seria interessante ter uma competição de baixo custo e com o apelativo de serem sempre equipas conhecidas tal como vemos em Barcelos ou em Vila do Conde.

sábado, 14 de maio de 2016

Pavilhão ou não?

Existe uma dúvida que me assola a espaços: o pavilhão de Fão é Municipal ou não?

Se o pavilhão não é Municipal, estranho por que é que tão frequentemente ele é referido como Pavilhão Municipal de Fão e se não é Municipal então surge quase como uma necessidade imediata a existência de um pavilhão do município em Esposende.

Se o pavilhão é Municipal então está na hora de sofrer algumas obras de beneficiação do espaço para colocar as condições de conforto naquilo que já é normal nas outras instalações desportivas do mesmo calibre e fazer publicidade ao concelho nas suas instalações, já que é um dos espaços que alberga mais visitantes no nosso concelho.

No final, sendo municipal ou não, o pavilhão precisa de obras e de lavar a cara!

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Um grande e sonoro LOL...

Vai directamente para o mais recente anúncio do Município relativo à elaboração do projeto de Regulamento Municipal para a Capacitação de Investimento. 

Senão vejamos:

Segundo a notícia, «o desenvolvimento económico foi sempre assumido como a principal prioridade do executivo liderado por Benjamim Pereira».

Nada contra este propósito. Quem lê regularmente este blogue, sabe que todos os seus autores desde há muito vêm apontando a inacção do executivo na pasta económica.

Ora, sendo o desenvolvimento económico tão, tão importante para o executivo, e logo um tema que diz tanto aos esposendenses, o que é que se faz? Voltemos, novamente, ao anúncio:

«O processo prevê um prazo de dez dias para apresentação de contributos por parte da população que é, deste modo, chamada também a pronunciar–se sobre este importante desígnio municipal.»

10 dias. Leram bem.

10 míseros dias para consultar os esposendenses e estes poderem partilhar as suas ideias e propostas. 

Principal prioridade do executivo liderado por Benjamim Pereira? Está bem está...

domingo, 8 de maio de 2016

A.D.E. Campeã

A Associação Desportiva de Esposende, quer se queira, quer não se queira, é o nome maior do futebol no Concelho de Esposende. 

Já disputou, com históricos do futebol Português, a Segunda Liga e já chegou a uma meia final da Taça de Portugal. Estivemos tão perto de um sonho, de uma final do Estádio do Jamor; Foi por pouco!!! 
Mas, a ADE passou por dificuldades, desceu a pique, passou do Céu ao Inferno...

Ao longo dos anos foi disputando os campeonatos mais baixos do nacional e distrital, mas, como em tudo, quando se bate no fundo, só existem dois caminhos... A extinção ou a perseverança para alcançar algo maior!!!

E como sempre, os Esposendenses não são de cruzar os braços e o único caminho foi o da perseverança, do querer, do suor, do trabalho. Só assim se conseguem grandes feitos. 
E hoje foi esse dia, o dia do "feito"... Hoje a nossa ADE sagrou-se campeã da Divisão de Honra Série A e vai disputar o Pró-Nacional. Hoje a nossa ADE voltou a saborear aquilo que é seu de direito, por este ano, mas também pela história que deixou lá atrás... 

A ADE merece este título, conquistado à custa de todos os que acreditaram nesta Associação, a todos os que aguentaram "a nau em tempo de tormenta" e a todos que contribuíram ao longo dos anos para que hoje se atingisse este feito. 
Claro que os dirigentes actuais, o staff, equipa técnica e os jogadores são os grandes obreiros. Parabéns pelo caminho traçado para levar a ADE ao lugar que se deseja e que ela merece.


E claro a todos os Esposendenses que vão acreditando na Associação e a todos os que virão. Juntos seremos mais fortes!!! (não é isso que se diz por estes dias...)

A valentia é a alma do segredo!!! 
ESPOSENDE, ESPOSENDE, ESPOSENDE!!!

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Tirana, da torreta à Juventus.

Aterrando em Tirana, a história recente e mais longínqua da Albânia entra-nos pelos olhos em quase tudo o que vemos.

Como é apanágio dos Balcãs, aqui a História não é história mas sim uma forma de estar na vida.

A Albânia foi o país mais isolado do antigo bloco de leste e isso reflete-se.

Durante os anos 50, Enver Hoxha, o homem que liderou a Albânia durante 41 anos, corta relações com a Jugoslávia de Tito e nos anos 60 segue-se a União Soviética, e mais tarde a China, isolando por completo o país por mais de 30 anos, algo que ainda hoje deixa marcas visíveis no mesmo.
Desengane-se quem pensa que se encontram sinais do período do comunismo. Enver Hoxha deixou uma marca de quase ódio na sociedade e hoje é quase impossível encontrar sinais do seu legado, ao contrário do que vi em Belgrado.
 
Este isolamento deu lugar a um síndrome de exaltamento nacionalista e o regresso de velhos fantasmas, resultando, entre outras coisas, na proibição por completo de qualquer atividade religiosa, sendo utilizada a máxima "a única religião é o Albanismo", e numa preocupação constante com o exterior e as forças exteriores que poderiam invadir a Albânia.

O símbolo maior desta preocupação com as invasões exteriores são as torretas de defesa.

Pequenas construções em betão armado que foram construídas com o propósito de servirem de pontos de defesa em caso de invasão. Foram construídas cerca de 700.000 e estão distribuídas em todos os pontos do país. Desde a costa às montanhas, passando por cidades e por aldeias e estações de correios, elas são omnipresentes e marcam bem o sentimento que era suposto passarem, o alerta constante. 

Podemo-nos rir das torretas e desta aparente estupidez, mas o sentimento de medo que nos querem incutir com o terrorismo são as torretas modernas.

Se não viu uma torreta, então é porque não foi à Albânia.

Mas a ponte histórica não se faz apenas pelas torretas.

Tendo sido o único país europeu invadido pela Itália de Mussolini, a Albânia tem hoje uma relação de dependência com a Itália muito pouco usual no panorama internacional. Quase tudo o que é importado vem de Itália, desde os produtos de supermercado até à paixão futebolística. Muitas das zonas poderiam ter sido retiradas de Parma ou Lecce.

Andando pela rua vemos quase todas as cadeias de supermercado italianas, nos cafés as televisões passam os canais italianos, nos restaurantes as ementas são o "verdadeiro italiano" e a paixão pela Juventus e pelo AC Milan é quase tão grande como a nossa paixão pelo Benfica, Porto ou Sporting, chegando ao ponto dos telejornais interromperem a emissão para anunciarem que a Juventus tinha ganho o scudetto.

Mas esta dependência não chega aos carros, outra grande ponte histórica da Albânia.

Até 1991, na Albânia, a posse de carros era apenas reservada a alguns elementos do governo, táxis e transporte de mercadorias. Aquando da queda do regime houve uma avalanche de Mercedes usados que já ninguém queria na Alemanha e só apenas em 1996 foram criadas as  primeiras escolas de condução e a polícia de trânsito. Não será de estranhar que a condução seja ainda muito criativa.

As estradas são um reflexo do país e, aliadas aos caminhos-de-ferro, o sistema de vias de comunicação albanesas são o sonho tornado realidade de uma determinada classe de opinadores portugueses com apenas 3 linhas de caminhos-de-ferro e 20 km's de autoestradas.
O resultado é demorar 3 horas para fazer 100 km's e assistir a mais acidentes num dia do que em meses em Portugal, é ter autoestradas a acabar em caminhos de terra abruptamente, autoestradas onde as crianças brincam e pedaços de terra que parece que estão prestes a aluir, caminhos-de-ferro desativados que servem como passeios, existem oficinas de reparação, loja de pneus e lavagens na hora ao longo da estrada, ainda existem postos de gasolina com bombas vindas de Itália e onde o preço está em liras e onde se vê o preço em liras.
Mas ao lado das más estradas vemos belas paisagens, um país de montanhas e de nascentes quase inviolado e com pouca alteração humana. Na costa vemos as praias que hoje em dia já atraem milhões de turistas que procuram férias ao sol e onde veremos a florescer o turismo de massas.
Mas apesar do que se pensa os albaneses não são sorumbáticos.
É impressionante a quantidade de pessoas que passeiam nas ruas após as 21:00 da noite, aproveitando o fecho ao trânsito rodoviário das principais praças da cidade onde se vêem jovens, menos jovens, corredores, músicos improvisados, etc.

Passando pelas ruas da moda vemos os bares e cafés cheios como estamos habituados a um fim-de-semana e como se uma campainha chamasse a partir das 23:30 quase todos desaparecem parecendo que a cidade adormece calmamente. A Liga dos Campeões do futebol é uma febre, sendo normal os bares organizarem festas para verem os jogos onde nem sequer participam equipas albanesas.
A estrada que sai de Tirana e passa por Elbasan, e o seu terrífico estádio, chega a Ohrid na Macedónia, e esta cidade merece uma chamada de atenção.
Ohrid é banhada por um lago e está rodeada por montanhas ainda com neve no seu topo. Olhando para ela poderíamos pensar que estávamos em Como ou num qualquer lago suíço. A cidade era conhecida como a Jerusalém dos Balcãs, onde existiam mais de 200 igrejas e onde nasceram os primeiros grandes tempos ortodoxos.
Ohrid tem história, tem calma, tem um ambiente de cidade pequena, uma espécie de Vilamoura da Macedónia, com muitas excursões de turcos e chineses a polvilharem as ruas que se enchem de comércio, recordações e os bons restaurantes e têm um aeródromo que serve para receber vôos no Verão. 

Tal como em Tirana, também aqui a vida noturna à semana é impressionante para uma cidade que tem 30.000 pessoas. Cafés e bares cheios até às 23:30 e em seguida quase todos desaparecem.
Admito que tenho vontade de voltar a Ohrid e ficar mais tempo.
Não é apenas a moeda que separa a Albânia da Macedónia.
Na Macedónia o legado da Jugoslávia existe, as estradas são melhores e as casas mais organizadas e fala-se algo próximo do russo e a presença ortodoxa é muito maior.
A Macedónia tem a escola jugoslava, os restaurantes são melhores, o serviço mais atencioso, as ruas têm nomes dos heróis do tempo da Jugoslávia e as raparigas são mais giras e vestem-se de uma forma mais vistosa.
Tirana ficou lá atrás, não sei se voltarei mas sei que da Albânia ouvirei falar e que daqui a alguns anos ouvirei falar dela e das suas praias. Sinceramente gostei da Albânia, sei que as paisagens e a cultura cativam qualquer um, mas sei que as idiossincrasias de um país ainda fechado tornam a visita algo trabalhosa e isso ainda afasta muitos.
Quanto a Ohrid, recomendo vivamente a quem quer um descanso num sítio calmo. 

terça-feira, 3 de maio de 2016

E agora, os hotéis?

Depois de ler no sempre polémico boletim informativo de Esposende que o edifício ainda em fase de construção na Apúlia passou a ser público, fiquei com a esperança que finalmente se avance para a resolução das situações dos edifícios do Hotel Nélia e do Hotel do Pinhal.

A resolução e recuperação de qualquer uma destas duas situações será claramente um passaporte para um marco do consolado autárquico de quem quer que o resolva.

E mais não digo.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Cofres cheios...

E ficámos a saber que a Câmara Municipal de Esposende tem os cofres cheios.
Se no caso do City Brand Ranking achei que Benjamim falou pouco, neste caso Benjamim falou demais.
Percebo que haja necessidade de calar João Cepa e os seus afamados 2 milhões de euros nos cofres com os seus 4,5 milhões que vai deixar nos cofres neste primeiro mandato mas não apenas de cofres cheios pode viver a Câmara Municipal.
Sou daqueles que defende que as instituições públicas sejam fortes financeiramente, podendo criar valor nos serviços que prestam e riqueza pelas obras que possam despoletar e sei que para isso é necessário haver dinheiro e receitas.

Aqui disse por várias vezes que ter uma Câmara Municipal rica sem que isso fosse sinal de investimento na sociedade era um caminho errado e perigoso concentrando demasiado poder numa instituição e favorecendo os comportamentos de compadrio para com esta.
 
Claro que me dirão que para fazer essa distribuição de riqueza Benjamim Pereira anunciou o endividamento da câmara para lançar novos projetos no concelho e na minha opinião foi a melhor opção de um ponto de vista teóricos

Percebo que este dinheiro infelizmente é obtido pela cobrança de impostos ao cidadão e não pelo acréscimo de receitas provenientes da atividade industrial/comercial.

Noutros mandatos também o havia sido, mas nesta conjuntura é contraproducente publicitar a capacidade cobrativa da Câmara Municipal, já que passa sempre a imagem da instituição como apenas querendo dinheiro.

Falta agora perceber como vai ser utilizado este dinheiro para perceber se fomos no bom caminho ou não.

Digo que falou demais porque quando deveria ter dado a mesma atenção a esta boa notícia como à notícia dos rankings.

Fica a dica.

domingo, 1 de maio de 2016

O ranking desperdiçado

E Benjamim Pereira perdeu uma boa oportunidade para calar os críticos.
Falou-se muito acerca da descida abrupta da posição de Esposende no ranking denominado City Brand Ranking, feito pela Bloom Consulting.
Muito se falou da descida e logo houve vozes críticas a falarem de vergonha e de como isto demonstrava a falta de aptidão de Benjamim para o cargo, e se o caso fosse de uma subida teríamos então uma grande publicidade acerca do tema.
Neste caso Benjamim, ou a sua equipa de comunicação, perdeu a hipótese de domar este tema e vir a terreiro dizer a verdade e desmascarar as meias-verdades das críticas.
Senão, vejamos...
Este ranking é baseado em dados estatísticos sobre o crescimento de novos negócios (Negócios), novos turistas (Visitar) e novos residentes (Viver), mas relaciona estes dados com as  visualizações nos motores de busca que existem na internet e nas redes sociais, tal como Google, Facebook, Instagram, entre outros, medindo assim a força e a pujança do concelho como marca comercial mas também a força das empresas, turistas e novos residentes desse concelho.
O ranking tem também em linha de conta com a população residente, mas os concelhos de maior população saem sempre beneficiados já que existe maior atividade e novas entidades nos 3 campos como os concelhos que tenham presença estrangeira já que se procuram mais serviços pela internet.
Olhando para o ranking vemos que Albufeira aparece muito bem classificada devido ao tipo de procura que é feita neste concelho e ao tipo de negócio que aqui existe e ao tipo de clientela e população flutuante. Por muito que tenha uma relação afetuosa a Albufeira, considerar que o cidadão comum vive melhor em Albufeira do que Esposende é no mínimo cómico.
Ou seja, para Esposende ter uma boa classificação neste ranking é essencial fazer muita mais publicidade, aparecer muito mais, fazer as pessoas clicarem no sítio certo, algo pelo qual Benjamim tem sido altamente criticado por alguns sectores da sociedade esposendense.
Isto que eu acabei de dizer deveria ter sido dito por Benjamim e não por mim. Ao explicar este mau resultado teria ganho força e créditos para apostar na publicidade do concelho,teria demonstrado a mão escondida de alguns dos críticos que omitiram do que o ranking se tratava e acima de tudo demonstraria que estava à vontade com resultados menos bons e mostrar que outros conselhos também caíram e isso não significa uma perda de qualidade de vida dos cidadãos.

Para relembrar.