domingo, 10 de junho de 2018

E o mar ter uma marca?

 Gostamos de enaltecer a nossa ligação ao mar, gostamos de enaltecer a nossa herança piscatória e de muitas vezes referir que as nossas localidades começaram com o comércio do sal, mas a verdade é que não temos uma marca/empresa que transporte essa carga e essa herança.

 Lançar as bases para uma empresa de venda de produtos marítimos ou de transformação do peixe tendo como um dos pilares principais os métodos tradicionais e o facto de não termos uma grande carga industrial nesse processo é um processo que não só introduz um novo tipo de atividade comercial como um bom veículo de publicidade.

 Alguém se lembra que os "Rebuçados da Nazaré" são feitos em Viana do Castelo? Pois, mas a verdade é que grande parte das pessoas acha que os rebuçados vêm mesmo da Nazaré e todos lembram-se daquela vez que foram à Nazaré comer peixe e até ganham vontade de ir lá no fim-de-semana.

 Já não falo em recuperar a tradição do sal que nos obrigaria a um reordenamento da nossa costa, e provavelmente não teríamos um bom resultado, mas aproveitar aquilo que o mar nos dá.

 Claro que se me perguntarem o que seria realmente ótimo nesta estratégia de "publicidade indireta", era a de possibilitar a entrada do grupo brasileiro de sapatos Paquetá, que detém a marca Esposende e ajudá-los a ajudarem-nos, mas isso vai ter de esperar.

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