A Esposende Rádio celebra este ano os seus 25 anos e isso
leva-me aos seus tempos iniciais quando a rádio teve o seu primeiro crescimento
em termos de audiências, diversidade de programas e de implantação na sociedade
esposendense.
O que mais me deixa saudades são as antigas tarde desportivas em que havia relatos em directo dos vários campos de futebol do concelho e onde cheguei a acompanhar relatos de jogos de andebol, algo que hoje parece longínquo e quase inacreditável.
Mas não só de tardes desportivas vivia a rádio mas também dos programas de debate da atualidade esposendense e entrevistas às figuras das associações mais relevantes e esse era uma das suas maiores valências e maior serviço público que a rádio prestava, aproximar a sociedade das suas instituições.
Numa altura em que existe confusão entre o que é informação
e conhecimento, entre jornalismo e justicismo, e entre debate e discussão, vemos
que as referências nos meios de comunicação continuam as mesmas, já que a revolução tranquila não trouxe um
aumento de confiança, fiabilidade e de isenção, o que leva a que hoje os mesmos
jornais, as mesmas estações de televisão, as mesmas rádios dominem as
plataformas de comunicação quer a nível internacional, nacional e local. Claro
que a plataforma em que nos são apresentados tem sido diversificada: os jornais
passaram para a internet e para a televisão, a televisão para a internet e para
conteúdos específicos, as rádios para a internet e para a televisão (fenómeno ainda em expansão).
Seguindo o exemplo da diversificação das plataformas de
informação surge como desenvolvimento natural dos meios de comunicação
esposendenses a sua unificação e inter-ligação. Falo da Rádio Esposende, do
Jornal de Esposende, do Novo Fangueiro online,Esposende Serviços, o Forjanense,
etc.
Sabendo que são detidos por identidades diferentes, surge-me
como lógico e proveitoso que os meios de comunicação partilhem cada vez mais as
informações, os programas, as entrevistas, os espaços de debate, os directos,
entre outros. Sabendo que a nossa realidade não consegue criar notícias de uma
forma constante e em volume suficiente o seu compartilhamento parece-me algo natural
e desejável.
Tal como disse acima, é o reconhecimento de isenção, de
responsabilidade, de profissionalismo e segurança que garante a existência das
mesmas referências ano após ano e na realidade esposendense esses fatores são
aqueles que garantem que os jornais, a rádio e a televisão se mantenham como
veículos de comunicação priveligiados pela população.
Para além de compartilhar informação, as plataformas comuns
permitem chegar mais longe, pensar em projectos mais ousados e que permitam
maior visibilidade às atividades comerciais, culturais e políticas do nosso
concelho. Nesta confluência de esforços poder-se-ia colmatar uma das
grandes lacunas da informação esposendense, com a criação de um sitio na
internet que aglomerasse a atualidade relativamente a Esposende, como que um
Google Esposendense.
A união faz a força e no nosso caso só sobreviveremos e nos
desenvolveremos com a união.
Só como sugestão, para quando um concurso para novos talentos
musicais aqui em Esposende? Para quando a transmissão dos concertos da
Musicórdia ou da Música na Praça?
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