Dia 20 de Outubro Pedro Passos Coelho e Nuno Crato visitaram
Forjães para a abertura do novo Centro Escolar de Forjães, projecto que custou
cerca de 2,5 milhões de euros sendo que destes cerca de 2,13 milhões de euros
foram financiados por fundos comunitários.
Na cerimónia de abertura foi possível ver que o slogan “Esposende. Concelho educador” estava em toda a parte e é isso que me leva a escrever.
Sei que a Câmara Municipal têm encetado esforços por melhorar os apoios ao ensino primário e básico, com a distribuição de livros para o 1º Ciclo do Ensino Básico gratuitos aos alunos com escalão social A e B directa e reserção do dinheiro a todos os restantes alunos sem escalão de apoio social, e com a distribuição de bolsas a estudantes universitários em troca de trabalho comunitário, mas precisamos de dar o salto qualitativo na aposta educativa para sermos um concelho educador de pleno direito, precisamos de alargar os nossos horizontes em termos de oferta educativa e saber retirar os proveitos que a migração de estudantes permite.
Mas nesta mesma
semana foi dado a conhecer que a Casa do Conhecimento da Universidade do Minho
vai ser construída na Trofa, distrito do Porto. Esta infraestrutura pretende
ser dividida em dois pólos: o da Casa da Cultura da Trofa e o Parque Senhora das Dores e Silva Carneiro, e servirá como uma infraestrutura de exposição de
publicidade da oferta educativa da Universidade do Minho, dos seus departamentos
de investigação e atividades culturais promovidas pela Universidade do Minho, e
está colocada no distrito do Porto. Não serei ingénuo ao
ponto de não pensar que sediar esta infraestrutura no distrito do Porto tem
como objectivo ganhar mercado, alunos, no distrito do Porto e combater a
supremacia que a Academia do Porto tem na zona Norte como referência de ensino
superior.
Mas fico surpreendido como o Concelho de Esposende não
consegue atrair instituições de ensino superior. Olhando para os concelhos que
nos rodeiam temos instituições de ensino
superior em todos eles Barcelos, Póvoa
de Varzim, Viana do Castelo e se quisermos alargar mais a nossa procura vemos
que em Vila do Conde, Trofa, Santo Tirso, Ponte de Lima, Vila Nova de Cerveira,
Braga também contam com instituições de ensino superior e Esposende, nada. Não digo que seja necessário ter um instituto politécnico,
uma universidade, mas ter um pólo, ter uma escola, ter um centro de
investigação ou um centro de estudos, algo, alguma coisa, ter uma raiz do
ensino superior no nosso concelho.
Se o executivo responsável
pela educação quiser ficar na história deste concelho é este o grande
objectivo, o grande marco, inaugurar o ensino superior em Esposende.
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