“Botado” fora o ano velho e chegado o
novo cá p'ra dentro, não queremos, porém, deixar de dedicar as primeiras linhas
do novo ano a uma última e derradeira revisão, de A a Z, ao que de relevante
sucedeu no concelho de Esposende em 2015, desde os principais factos às figuras
que estiveram em destaque.
Agostinho
Pinto Teixeira – ao cabo de mais de 30 anos à frente da Associação Humanitária
de Bombeiros Voluntários de Esposende, sai de cena pelo próprio pé, abrindo
espaço a um novo ciclo na distinta e centenária instituição.
Benjamim
Pereira – cumpriu, em Outubro, metade do mandato autárquico conferido pelo povo
esposendense. “Ganhar o Futuro” foi o mote de partida. No entanto, as
principais políticas adoptadas acabam por representar “mais do mesmo”.
Cultura
– o pelouro pobre do executivo camarário. Enquanto autarquias vizinhas esmeram-se
em ciclos literários, de cinema, música ou teatro, que pontuem o calendário
anual, Esposende continua a marcar passo, com iniciativas esporádicas. Continua
a faltar rasgo.
Desporto
– a bandeira mais visível do executivo camarário. O ano de 2015 foi
particularmente forte nos eventos realizados, sobretudo ao ar livre, onde
Esposende proporciona o melhor que uma autarquia pode desejar: localização
privilegiada (envolvente mar-rio-montanha), clima propício e infra-estruturas
adequadas.
Esposende
Rádio – no ano seguinte a ter assinalado, pomposamente, 25 anos, silenciou-se a
voz naquela que foi, anos a fio, a companhia diária de gerações de
esposendenses. Será que ano novo significará vida nova para a única estação de
rádio do concelho?
Fôjo
– a polémica de final de ano. Fecha? Não fecha? Uma incógnita que prosseguirá nos
primórdios de 2016.
Galaicofolia
– um evento que se vai consolidando no parco panorama cultural local,
ultrapassando fronteiras. Esposende é um concelho com história e, felizmente,
memória. Uma iniciativa em crescendo.
Helena
Venda da Lima – a protagonista (vítima?) da polémica do ano. Uma quase saída
forçada, que acabou por converter-se em apelo e intervenção presidencial
directa para que continuasse a dirigir os jovens valores dos Coros locais. Como
nos filmes, o final desta história foi feliz.
Igreja
local – o ano de 2015 começou com o pé esquerdo para a Igreja concelhia, com o
desaparecimento do jovem Pe. Miguel, pároco de Apúlia e Rio Tinto. Os últimos
meses também ficaram marcados pelo falecimento do Pe. Manuel da Costa Amorim. Pelo meio, uma reorganização de várias Paróquias, no
que anuncia um novo tempo e estilo.
João
Cepa – o último ano fica marcado pelo surgimento de um novo jornal digital de
âmbito concelhio, o Esposende Acontece. Quase 1 ano depois, o balanço é
bastante positivo.
KOOKPROOF – um excelente exemplo de iniciativa privada que consegue rentabilizar
as potencialidades de Esposende (rio e mar), captando o interesse de
forasteiros, com particular destaque para aqueles que vêm fora de Portugal. A
economia local agradece.
Luís
Campos – enterrada, de vez, a carreira como treinador, destaca-se, agora, no
papel de dirigente desportivo. Os quartos-de-final na última edição da Champions atingidos pelo Mónaco, foram a
face mais visível de um trabalho mais na sombra onde dá cartas.
Medalha
de Honra do Município – em Maio último, sugerimos, neste preciso espaço, a
atribuição da Medalha de Honra do Município a Joaquim Areia de Carvalho, antigo
Presidente do Supremo Tribunal de Justiça. Tal reconhecimento veio,
efectivamente, a ocorrer, o que só enobrece o Município.
Números
– mais um Anuário Financeiro dos Municípios e mais um lugar de destaque, pela
positiva, para o Município. As contas à moda de Esposende continuam a ser bom
exemplo.
Olímpicos
– João Ribeiro e Teresa Portela já têm bilhete assegurado para os Jogos
Olímpicos do Rio de Janeiro, a decorrerem em Agosto. Neles residem grandes
expectativas quanto à possibilidade de o concelho ter, finalmente, um atleta
medalhado na prova desportiva mais empolgante de sempre.
PDM
– uma reforma morosa, com o seu q.b. de polémica, que conheceu, finalmente, a
luz do dia.
Qualidade
de vida – uma credencial que surge indissociável ao nome de Esposende.
Rui
Pereira – o vereador mais dinâmico da Câmara.
Sazonalidade
– o principal handicap do concelho.
Continua em falta uma programação que consiga inverter a tendência de
apagamento de Esposende após o Verão.
Tozé
– outrora o atleta mais promissor da formação jovem do Futebol Clube do Porto,
despediu-se, em 2015, do clube que o formou. Um desfecho que não surpreende,
dado o largo historial de desaproveitamento do clube azul-e-branco dos jovens
jogadores portugueses que forma.
União
de Freguesias – o final de 2015 anuncia o regresso, para este novo ano, de um
tema que divide opiniões. A acompanhar atentamente.
Verão
– a autarquia esmerou-se em 2015 para levar a cabo uma programação como nunca
dantes vista e a verdade é que foi um sucesso.
Wi-Fi
– já nenhum estabelecimento local, praticamente, dispensa esta tecnologia.
Xadrez
político – ainda distam quase 2 anos para as eleições autárquicas, mas começam
as primeiras movimentações. João Pedro Lopes afirma-se disponível para
concorrer. Nos bastidores, ao nome de João Cepa como potencial candidato, surge
o nome de Vassalo Abreu (actual autarca de Ponte da Barca) para protagonizar
novo assalto socialista à presidência do Município.
Youtube
– uma ferramenta indispensável para acompanhar a actualidade local, através dos
canais locais de comunicação, bem como para promover o Concelho no país e no
mundo
.
Zona
industrial – está visto que zona industrial não é, necessariamente, sinónimo de
parque empresarial. Enquanto concelhos vão criando ou reforçando uma zona para
integrar empresas ou centros de incubação, Esposende permanece alheio a essas
boas práticas.
*Publicado no Jornal Notícias de Esposende, n.º 01/2016 - 03 Janeiro
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