domingo, 29 de abril de 2018

O nosso distrito, Viana do Castelo!

 A ainda existente oposição política esposendense têm um atavismo para com Viana do Castelo.

 Faço já uma declaração de interesses: se tivesse de escolher uma cidade para viver que não Esposende escolheria Viana do Castelo, por isso não existe nenhum sentimento bairrista/egoísta da minha parte para com esta cidade.  

 Ciclicamente vemos os críticos dos destinos do concelho a fazerem comparações com Viana do Castelo nos mais diversos campos, da economia à educação, das acessibilidades à implementação de novas empresas.

 Para os mais distraídos, Viana do Castelo é uma capital de distrito, têm uma diocese, teve um Governo Civil quando eles existiam e Esposende é o 5º ou 6º concelho mais importante do seu distrito o que faz o ato de comparar Viana do Castelo com Esposende a mesma coisa que comparar Sintra com Lisboa, Sernancelhe com Viseu, ou Sabrosa a Vila Real, é uma comparação que na esmagadora maioria das vezes não busca procurar novas oportunidades, novos caminhos, nem lançar bases para uma nova ideia apenas é uma comparação que busca o menosprezo fácil, a crítica pífia. Por palavras mais simples, apenas fazer barulho.

 O mais engraçado é que alguns destes críticos não relembram que em 2007 Esposende nem foi considerado para acolher o Centro de Nanotecnologia que acabaria por parar na antiga Bracalândia e nem discutem o facto de Esposende poder ter acolhido a própria Bracalândia que acabaria por ir para Penafiel. Como cantava José Mário Branco: mudam-se os tempos, mudam-se as vontades!

 Sejamos claros e pragmáticos sobre o que é Viana do Castelo pode fazer e nós não.

 Viana do Castelo sendo uma capital de distrito mais  facilmente colocou no seu próprio concelho um Instituto de Ensino Superior,  mais facilmente criou um porto de cargas, mais facilmente renovou as linhas de comboio que a servem e desenvolveu uma linha para Espanha, mais facilmente instala empresas estrangeiras, mais facilmente desenvolve uma política de turismo, mais facilmente instala instituições dos mais diversos tipos, mais facilmente atrai pessoas e serviços ligadas a atividades de valor acrescentado.

 Não sou parvo, claro que gostaria de ter o parque industrial do Neiva em Esposende, mas alguém acredita que se não é a força de uma capital de distrito se consegue colocar uma fábrica do grupo ENI (já foi vendida a outro grupo, eu sei), uma fábrica de armas e uma empresa de vedantes japonesa que funciona também de consulado do Japão para o nordeste Ibérico no seu concelho? Acho muito pouco provável.

 Alguém acha que Esposende teria hipóteses de atrair tudo isto?

 Mas como gosto de ser produtivo, deixo uma dica à nossa oposição: porque não discutir a inclusão de Esposende no distrito de Viana do Castelo?

 Se Viana do Castelo é a "terra do leite e do mel" porque não iniciarmos a discussão sobre a vontade de nos juntarmos a um distrito que que pode ser mais próximo, não apenas em termos geográficos mas também em termos políticos? Basta um pouco de coragem... 

 Acreditem que pelo que conheço deste concelho, na zona norte (Antas e Forjães) esta hipótese seria muito bem-vinda!

 Fica a dica.


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