quarta-feira, 30 de julho de 2014

Museu, Biblioteca e Casa da Juventude, mudar ou manter?

Estas três valências do nosso concelho precisam de uma reorganização quanto à sua localização para melhor aproveitamento e poderemos discutir também quanto às suas funções e valências.

O Museu Municipal tem uma localização privilegiada junto ao centro da cidade, mas vive fechado em si mesmo. 
O Largo dos peixinhos tem ganho cada vez mais vida com o advento das esplanadas e tem sido um ponto de concentração de pessoas interessante em que vem contradizer a ideia geral de que o rio é a única atração da cidade. O edifício do Museu poderia ser um excelente local para alimentar esta corrente ou para ser alimentado por esta corrente.  
Aquele espaço poderia ser palco para concertos, palestras, instalações artísticas que animassem e chamassem pessoas ao largo, podendo ter uma agenda cultural diurna e noctívaga e poderia mesmo ter um espaço de restauração que aproveitasse o espaço. Sei que alguns acharão estranho, mas este truque tem sido utilizado por diversos outros museus, casos do Porto, Braga, Viana do Castelo, Lisboa, entre outros. Resumindo, algumas das valências da Casa da Juventude deveriam passar para o Museu, abrindo-o mais à comunidade.
A Biblioteca Municipal deveria ser repartida em duas vertentes. Quem a frequenta sabe que esta em termos diários é muito utilizada para fins escolares e que isso pode justificar um seccionamento da Biblioteca em dois blocos: o cultural e o técnico. Seria preferível ter parte da Biblioteca na Casa da Juventude, com as publicações mais dedicadas ao âmbito escolar e meios informáticos a serem deslocadas para junto da Avenida Dr. Henrique Barros Lima onde estão as escolas e assim os recursos ficariam junto de quem os utiliza e libertaríamos espaço para exposições e mostras do erário da Biblioteca Municipal, fazendo com que a Biblioteca absorvesse parte das funções do Museu Municipal. Mais ousado seria a junção das bibliotecas que existem nas escolas e fazer a sua gestão e expansão junto com a biblioteca municipal, mas isso será outra discussão.
E agora a Casa da Juventude. A sua função neste novo esquema seria mais ampla e mais abrangente nas suas valências, passando não apenas de um local dedicado à expressão artística e cultural mas como apoio nas actividades dos jovens em Esposende. Seria mais do que uma casa mas mais um centro, tal como foi feito com as diversas forças militares a operar em Esposende.  No caso da Casa da Juventude penso que o espaço em terra batida que existe à volta dela deveria ser melhor aproveitado, não necessariamente para ampliação do edifício mas possivelmente para espaços de lazer ou de espaços que suportem as actividades que decorrem dentro do edifício central.
O que descrevo aqui poderá ser visto como algo muito teórico, muito idealista e que isso necessitava de fundos de que o concelho não dispõe, mas como ficou visto pelo caso do Largo dos Peixinhos, a abertura de um pequeno espaço catapultou um largo vazio para um centro de convívio, logo o que não aconteceria se optimizássemos estes 3 espaços?
A questão não será quanto custa mudar, mas quanto nos custará manter?

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