Mais um ano, mais uma Corrida da Primavera.
É com grande prazer que participo pela 3.ª vez na corrida da
Primavera e devo dizer que esta última edição terá sido a mais equilibrada de
todas, com o número de participantes a estar perto do perfeito e com as
condições climatéricas a permitirem melhores performances (relembro dilúvio da
1.ª edição e o calor africano da 2.ª edição).
Cada vez mais a Corrida da Primavera se torna um evento no
calendário regional em termos de corridas mas ainda lhe falta algo mais ao
nível da promoção para se afirmar como um evento de primeiro plano no panorama
das corridas que se realizam nos distritos de Braga, Porto e Viana do Castelo.
Não se poderá comparar com a Maratona do Porto,
Meia-Maratona Sport-Zone, São Silvestres do Porto e com a corrida do São João
do Porto nem com a Meia-Maratona de Cortegaça e da Régua, eventos que contam
com forte presença de atletas da zona Norte e da zona Centro. Numa outra
dimensão temos também as Meias-Maratonas de Viana do Castelo e de Barcelos que
contam com forte presença dos atletas dos distritos de Braga e Porto.
Para dinamizarmos mais a Corrida da Primavera penso que
seria importante apostar num novo símbolo, mais apelativo e sensual para o
público alvo. Percebo que a atual mascote pode ter potencial como mascote, mas
necessitaria de um nome e de uma máquina de campanha que a tornasse conhecida e
que isso é um recurso que a organização não deve conseguir fazer.
Outro ponto que pode trazer mais pessoas e fidelizar mais
pessoas a esta prova seria aumentar os presentes à chegada. Eu sei que parece
simples e até algo ingénuo, mas durante anos a corrida de Famalicão era
conhecida e concorrida devido aos bolos-reis que distribuía e é sempre um gesto
bem visto por quem não é de Esposende.
Finalmente, penso que teríamos de fazer um acordo entre os hotéis , restaurantes,
cafés e até os museus locais para oferecer vales de desconto para quem
participasse nesta prova. Um pacote atrativo seria uma noite no hotel com
descontos para grupos num dos restaurantes locais o que atrairia grupos e
famílias principalmente da zona centro e Espanha.
O grande desafio será o de ressuscitar a Meia-Maratona “Cidade
de Esposende” que ocorreu entre 2000 e 2006 e que quando em 2007 passou para a
Inatel apenas estava acessível aos atletas federados e ditou o seu fim
compulsivo devido à fraca adesão.
Saúdo daqui o Teodósio pelo esforço que na altura colocou em
organizar este evento quando as corridas ainda não estavam na moda e pelos atletas
que conseguiu trazer a Esposende para uma prova que não contava com nenhuma
tradição.
Esta prova teria de ter outros contornos do que a sua edição original, que preconizava 2 voltas de 10km no mesmo trajeto, mas um trajeto mais alargado e mais agradável ao participante, podendo até, e isto era uma boa lança em África, ser estendida a Fão e fazendo-a passar pela ponte de Fão, penso que seria um grande postal de Esposende.
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