Costuma dizer-se que
o Verão é a silly season das notícias dado que as estações de televisão e rádio não sabem como ocupar o tempo à falta de
verdadeiros conteúdos.
Não sendo esse o caso para o Verão Esposendense deste ano, devido à intensa programação com que os seus munícipes foram brindados, faz bem
ao intelecto escrever sobre algo aparentemente muito simples e até corriqueiro.
Falo da placa com a indicação “Ofir”.
Desde a placa “Algarve” na A2 que um novo ciclo na toponímia
portuguesa foi aberta, podendo ser definido um local que não é um local mas sim
uma ideia de região, praia, serra ou até partes da cidade ou então um local de características místicas que não tenha contacto com a realidade.
Percebo que essa famosa placa, que indica a chegada ao Algarve mais de 20 km depois de já termos entrado na região em causa, fosse um dos devaneios do projecto Allgarve em mais uma quase-grande ideia de Mendes Bota.
Parece que esse novo ciclo chegou a Esposende com uma placa
na rotunda perto da Solidal a indicar o caminho para “Ofir”.
Consultando os mapas oficiais não consigo descobrir nenhuma
indicação da freguesia, cidade, vila ou aldeia de Ofir.
Sei que pelos mapas da Google temos a indicação de Ofir e
até se designa a praia como Praia de Ofir e que até temos o Hotel d’Ofir, mas
oficialmente nada temos que indique o lugar de Ofir, ao seu lado também temos o
Ramalhão, os Lírios ou a Bonança e não temos placas.
Penso que seria de bom tom colocar uma placa a indicar “Fão”
e outra a indicar “Praia de Ofir”.
E já agora, fazer pressão para que o símbolo na A28 na saída
para Esposende não seja apenas a da zona industrial. Se vamos apostar no
turismo, todos estes detalhes contam.
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