segunda-feira, 14 de abril de 2014

6 meses

6 meses!

Se falassemos de uma gravidez, 6 meses seriam o tempo suficiente para que “algo” fosse visível! Mas os 6 meses que o calendário assinalou no passado mês de Março foram os pós-autárquicas 2013 e nesse período, um pouco por toda a parte, o conceito de “visível” é pouco vistoso.

À semelhança da generalidade do país, enquanto o povo vê diarimente nos noticiários “a troika”, o Governo e a dívida, o poder local passa escondido. E também por cá as coisas parecem de navegaçao à vela, sem grandes inquietações e sem vontade de meter as mãos aos remos.

Com uma evidente excepção, que aliás se faz notar na dinamização da agenda de juventude, cultura, desporto e turísmo, o resto... bem, o resto a gente gostava de ver mais. 

Custa-me entender tão grande serenidade, tanto sossego! É que, sinceramente, tenho alguma dúvida em perceber que se assumam projectos/desafios sem uma agenda fulgurante, sem um ritmo enérgico! A gente se não tem energia quando entra num projecto de cabeça quando é que vai tê-la? Quando o cansaço começar a pesar? Não creio!

Esperava mais! 6 meses não darão certamente para “dar à luz” grandes obras, talvez nem pequenas, mas dariam garantidamente para ter definido e divulgado um rumo. 

Basta visitar a página do Município para registar em síntese as notícias que por lá andam! 
O pouco que por lá se fala de investimento e emprego (sim, porque é isso que fixa cá gente o ano inteiro, não é o sol, por muito que nos saiba bem) não passa de manifestos de intenções e protocolos e protocolozinhos! Coisas palpáveis é que “nicles”! 

E aqui, não cansarei de dizer que já há muito que falta em Esposende uma “encubadora de empresas”! Não daquelas de modelo “pavilhão na zona industrial”! Aqui há espaços e condições para trazer esses núcleos para o centro! Trazer gente para dinamizar as ruas no dia a dia. Gente que circule, gente que almoce, gente que faça compras no centro e que crie riqueza e valorize o capital humano. E bem feitas as contas... e um pouco da “engenharia financeira”, talvez chegasse para tudo.

E nem o argumento “ah e tal, as Scuts vieram complicar” merece acolhimento! É que se houver cá emprego, casas também as há com farturinha e o povo já não preciso de ir para o Porto trabalhar.

Não há soluções milagrosas infelizmente! Também não há árvores capazes de dar fruto antes de lançada a semente! O que me inquieta é mesmo o facto de nem sementes ver serem lançadas! Já não diga plantadas que isso dá trabalho. Atirem sementes ao vento pfv. Alguma há-de pegar!

Corro o risco de dizer que a maior actividade política dos últimos 6 meses nesta terra se passa na blogosfera, tantos são os blogues “cogumelo” que de forma mais ou menos anónima falam do anterior autarca! E isso, só por si, levará os “politólos” e “cronistas” locais a tirar leituras!

É isso e a venda de jornais! Negócio em franco crescimento cá na terra! Mudou-se um pouco o conceito é certo, trocaram-se as notícias por entrevistas, mas é giro na mesma! Em boa verdade se as notícias são tão poucas por estes lados e esta dimensão acolhedora do concelho faz com que tudo se saiba num ápice, para que precisamos nós das notícias? Precisamos é de saber o que os opinadores pensam sobre as notícias! Isso sim, o verdadeiro jornalismo “tertuliano”!

E parafraseando um Grande da história da humanidade, quero dizer aqui publicamente “I have a dream!” E sonho dentro de 3 meses poder aqui dizer “Foi uma gravidez escondida, mas com 9 meses, a obra(já me contento só com ideias) viu a luz”!

E jeito de sugestão, para que alcancem o elementos construtivo deste post, aqui sugiro um vídeo bastante interessante para quem se sentir desmotivado:





Sem comentários:

Enviar um comentário