É com a devida importância que temos visto anunciado o
Seminário Internacional da Gestão da Orla Costeira que será realizado no
Concelho de Esposende, pena ser numa quinta e sexta-feira o que não permite o
alargamento a um leque mais vasto de participantes e da sociedade civil. Pelo
que consegui descortinar do programa do Seminário vai ser dado ênfase aos
desafios da Orla Costeira em termos de gestão da mesma e isso leva-me a dar a
minha opinião como simples habitante de uma cidade que contempla uma orla
costeira.
Não sou um
ambientalista, não sou um fervoroso adepto das políticas verdes ou um incondicional
da sacro santidade da Natureza e da necessidade de a manter num estado puro mas
percebo que a Natureza deve ser respeitada. Sou ainda menos adepto da forma como as políticas verdes são introduzidas
em Portugal, como o caso da proibição de carros nos centros da cidade sem
reforço do sistema público de transportes, em que existe um reajustamento compulsivo
e por vezes desligado da realidade e da possibilidade de execução das mesmas.
E a gestão da orla costeira tem sido um exagero nos
últimos anos.
Com os parques naturais, áreas de paisagem protegidas,
reservas e outras zonas de proteção, foram sendo criadas barreiras artificiais
que separam as cidades e as populações das suas zonas verdes.
No caso do concelho de Esposende verificamos que Esposende neste momento se encontra de costas voltadas para o seu rio e para o seu estuário, não sendo possível usufruir do rio Cávado na sua plenitude ou em parte.
As recentes políticas de contenção fizeram com que seja quase impossível alguém se banhar no Rio Cávado a partir de Esposende, apenas existindo apenas acessos para barcos e motas de água, e não me digam que aquelas escadas junto às Piscinas Municipais e do Circuito de Manutenção são para acesso de pessoas.
Foi como que criado uma cinta de castidade entre Esposende e o seu rio, é como um muro de Berlim entre a cidade e o seu rio, nós conseguimos ver o outro lado mas sabemos que não podemos lá chegar.
No caso do concelho de Esposende verificamos que Esposende neste momento se encontra de costas voltadas para o seu rio e para o seu estuário, não sendo possível usufruir do rio Cávado na sua plenitude ou em parte.
As recentes políticas de contenção fizeram com que seja quase impossível alguém se banhar no Rio Cávado a partir de Esposende, apenas existindo apenas acessos para barcos e motas de água, e não me digam que aquelas escadas junto às Piscinas Municipais e do Circuito de Manutenção são para acesso de pessoas.
Foi como que criado uma cinta de castidade entre Esposende e o seu rio, é como um muro de Berlim entre a cidade e o seu rio, nós conseguimos ver o outro lado mas sabemos que não podemos lá chegar.
E como o Muro de Berlim, ou ainda pior, faltam pontos de
contacto da cidade com o rio, tais como praias fluviais ao longo da marginal,
passadeiras de acesso que levem diretamente ao rio ou piscinas de marés que permitam
criar uma alternativa às praias de Esposende, criando assim um novo tipo de
veraneio mais citadino e criar uma maior
dinâmica na Marginal.
Enquanto escrevo isto lembro-me de Sanxenxo ou de Corunha como exemplos de uma boa praia citadina, com a diferença que nestes dois casos falamos de baías, e num tipo de turismo deveras interessante. O meu desconhecimento ao nível das marés e dos solos leva-me a não conseguir imaginar a quantidade de trabalhos necessários para criar praias fluviais, mas se as já desfizemos também as poderemos recuperar.
Enquanto escrevo isto lembro-me de Sanxenxo ou de Corunha como exemplos de uma boa praia citadina, com a diferença que nestes dois casos falamos de baías, e num tipo de turismo deveras interessante. O meu desconhecimento ao nível das marés e dos solos leva-me a não conseguir imaginar a quantidade de trabalhos necessários para criar praias fluviais, mas se as já desfizemos também as poderemos recuperar.
Mas já que falamos de
orlas costeiras e de zonas protegidas, deixo aqui um pequeno aviso à Esposende
Ambiente para que sejam mais eficazes na limpeza do lixo que se encontra na
zona da Paisagem Protegida, em especial junto às Piscinas Municipais e ao
Farol.
Eu que passo por aquelas zonas durante todo o ano enquanto dou a minha caminhada já me habituo ao lixo que se acumula nestas zonas. Sei que este lixo chega com as marés e não é fácil de limpar expeditamente estas zonas, mas eu já começo a conhecer os pacotes de leite achocolatado Agros e as garrafas Luso que ali ficam a boiar durante semanas e quando chegarmos a Fevereiro/Março o cenário tende a piorar.
Claro que me podem dizer que agora está limpo, mas todos sabemos que não é assim todo o ano. Se estas zonas devem ser mantidas intactas pelo seu valor ambiental, então que sejam mantidas limpas e pelo que me consegui informar junto do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, esta é uma das competências da Esposende Ambiente.
Eu que passo por aquelas zonas durante todo o ano enquanto dou a minha caminhada já me habituo ao lixo que se acumula nestas zonas. Sei que este lixo chega com as marés e não é fácil de limpar expeditamente estas zonas, mas eu já começo a conhecer os pacotes de leite achocolatado Agros e as garrafas Luso que ali ficam a boiar durante semanas e quando chegarmos a Fevereiro/Março o cenário tende a piorar.
Claro que me podem dizer que agora está limpo, mas todos sabemos que não é assim todo o ano. Se estas zonas devem ser mantidas intactas pelo seu valor ambiental, então que sejam mantidas limpas e pelo que me consegui informar junto do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, esta é uma das competências da Esposende Ambiente.
Porque ambiente não é
só proibir mas sim conservar não é só preservar mas também limpar.
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