Cumprido, no passado dia 7, o 3.º ano de mandato do executivo esposendense, o Largo dos Peixinhos volta, à semelhança do 1.º e 2.º anos de mandato, a fazer um balanço sobre a prestação do presidente da Câmara e de cada um dos vereadores eleitos.
Benjamim Pereira
(2016 – 12 valores; 2015 – 12,5 valores; 2014 – 13 valores)
(Presidente, com os pelouros da Gestão
de Projetos e Obras Municipais, Gestão Financeira e Fundos Comunitários, Gestão
Urbanística, Ordenamento do Território, Juntas de Freguesia, Comunicação e
Marketing Territorial.
Francisco
Melo: Cumprido mais um exercício, não será arriscado
resumir, a um ano do seu termo, o que foi o mandato de Benjamim Pereira:
conseguiu não estragar o que de bom foi feito por João Cepa. No demais, não
existe uma identidade ou marca próprias que se possam atribuir ao edil
esposendense nestes 3 anos. E não foi por falta de aviso, pelo menos dos
escribas deste espaço.
Penafiel, Estarreja, Tondela, só para
citar exemplos de alguns concelhos com quem Esposende se pode comparar, são
autarquias que apostaram forte na captação de empresas e geração de emprego
nestes últimos 3 anos. A sacra pergunta, que nos colocamos, é o porquê de Esposende
não ter também ousado disputar esse campeonato. Sobretudo quando as principais
obras de regime já tinham sido feitas e Benjamim Pereira, até para se demarcar do
seu predecessor, tinha tomado como lema do seu projecto autárquico «Ganhar o Futuro».
As anunciadas obras para as freguesias,
cujo calendário de inaugurações coincidirá com o ano em que
se realizam as eleições (oh que surpresa!), não são mais do que o expediente, mais velho do que a
Sé de Braga, de encher a vista ao povo e com isso tentar captar o respectivo voto.
Mas, em termos práticos, o impacto desse investimento, quanto a fazer mexer o
concelho, gerar emprego, dinamizar a economia local, etc., como diz um muito
conhecido treinador de futebol, bola!
Esperava-se rasgo do edil esposendense, mas esse atributo continua a marcar falta de comparência.
Nota:
12 valores
João
Felgueiras: Três anos decorridos sobre a governação do Município de Esposende e
Benjamim Pereira a meu ver ainda não “ganhou o futuro”, pelo menos o do
concelho de Esposende.
Quando olhamos para a governação do
Município, com Benjamim Pereira ao leme, olhamos para uma espécie de gestão
corrente, onde não se vislumbram grandes obras lançadas e executadas pelo
executivo, onde não se vislumbra rasgo quanto ao que se pode fazer diferente
face a concelhos vizinhos. Quando falo em “fazer diferente” é mesmo “fazer
diferente” e não reaproveitar algumas receitas já de si bem consolidadas e
coloca-las em funcionamento no concelho de Esposende, muitas delas nem se
conseguem adaptar e são destinadas ao fracasso. Em relação a obras públicas não
fossem os investimentos feitos pela Polis Litoral Norte, pelas Águas do Norte
ou outras entidades e até ao dia de hoje assistiríamos a apenas obras de
requalificação e de reajustamento, as quais são bem necessárias, mas sabe a
pouco.
Outro aspeto em que não se “ganhou o
futuro” e é uma repetição do passado, é a alavancagem económica, a modernização
do tecido empresarial do concelho e por sua vez a criação de postos de trabalho
efetivos. Neste ponto estamos quase conversados, porque pouco ou nada se tem
visto… Aquilo que apelidei de “empreendedorismo camarário” está esquecido,
metido numa gaveta de um qualquer gabinete… Fala-se em projetos, mas estes
tardam em ver a luz do dia!!! Não é a Câmara que investe na industria, mas a
câmara tem de ser capaz de atrair investimento, porque em termos de qualidade
de vida, o concelho de Esposende, queiramos ou não está bem cotado.
Volvido mais um ano, dois projetos
fulcrais para o desenvolvimento do Concelho que foram apresentados com pompa e
circunstância, merecendo aplauso generalizado; até agora não passaram do plano
das intenções. Refiro-me aos casos do Forte de São João Batista e o da Estação
Rádio Naval de Apúlia. Continuo a fazer votos que os projetos vejam a luz do
dia o mais rapidamente possível.
A opinião pública acusa Benjamim
Pereira de ser um Presidente “ausente”, acusa-o de não se conseguir marcar uma
reunião para tratar de assuntos de importância concelhia, acusa-o de estar mais
preocupado com o seu futuro, será assim? Eu quanto a isso não me posso
pronunciar.
O próximo ano será o ano das decisões
e até ver, parece que será usada a “fórmula gasta” de deixar as obras de monta
para o final do mandato e assim alavancar a votação nas eleições. Com a saúde
financeira Camararia isso pode ser feito, mas veremos até que ponto a população
irá na conversa, ainda para mais com possíveis candidaturas independentes.
Nota positiva para o desagravamento de
impostos camarários que tem vindo a fazer e a promessa de baixa do IMI para o
valor mínimo por lei de 0,3% no próximo ano. Aguardemos que seja executada.
Nota:
11 valores
João
Paulo Torres: A última vez que neste preciso espaço entendi opinar sobre o trabalho do
executivo e do seu líder - ainda que a propósito da redistribuição de pelouros
efectuada em Janeiro deste ano - a proeza valeu-me aquilo que
na “gíria” se qualificaria como “chamada ao confessionário”!
Para meu grande espanto não me deparei
com os decotes da Teresa Guilherme - o que só por si seria já mau o suficiente
- mas deparei-me sim com os meus escritos que por aqui passam
impressos em papel! Fiquei honrado, é certo! Nunca me ocorreu editar
as minhas crónicas, pese embora venha sendo algo bastante frequente, mas ali,
naqueles momentos, perante tal evidência, saboreei o potencial da coisa!
Entendo contudo que tal dispêndio de
tempo em torno da minha linha de pensamento - não tencionando eu
fazer escola - foi uma terrível perca desse bem tão escasso em certas
agendas! Abstenho-me assim de dissertar sobre o trabalho deste interveniente (e
até com um certo lamento, pois este ano teria algumas coisas de positivo a
apontar), apenas com uma esperança: o tempo que me poderia vir a tocar para
nova “chamada ao confessionário” possa ser afecto a entrevistar algum munícipe
com problemas reais para resolver, problemas esses que serão garantidamente
mais importantes que a minha opinião bloguística.
Nota: não atribui.
Nota: não atribui.
Manuel
Pereira: Manteve a mesma rota dos anos transactos, baseando grande parte da sua
comunicação nos eventos culturais e desportivos, sendo muitas acusado de ser um
presidente festeiro.
Para manter a mesma avaliação do ano
passado tive em conta a retoma do processo do Parque da Cidade e anunciou
também alguns milhões para diversos projectos nas freguesias, o plano de
investimento que contrapõe com a ausência de um projecto ou medida para o
fomento da criação de emprego ou do desenvolvimento industrial do concelho a
sua principal pecha e que lhe pode valer algumas dores de cabeça na próxima
campanha eleitoral tendo escapado do caso “Universidade do Minho” ao não
conseguir que um instituto de investigação se fixasse em Esposende.
Do ponto de vista da atividade
política, manteve-se quieto enquanto líder do PSD, recebendo o apoio dos
presidentes da junta eleitos pelo PSD e algo me diz que neste mês de Outubro o
estado de letargia em relação aos ataques de João Cepa acabou.
Nota:
12 valores.
Maranhão Peixoto
(2016 – 12 valores; 2015 – 13,5 valores; 2014 – 14,5 valores)
(Vice-Presidente, com os pelouros
do Desenvolvimento Económico, Agricultura e Pescas, Comércio e Indústria,
Mercados e Feiras, Energia, Mobilidade, Proteção Civil e Segurança, Florestas)
Francisco
Melo: Com perfil vincado para as áreas da Educação e Cultura, onde poderia fazer
a diferença, tem antes a seu cargo as pastas económicas do executivo, onde não
sobressai.
Um vereador polido e disponível mas, claramente,
como um peixe fora de água, o que será por certo injusto face às competências
técnicas com que poderia acrescentar valor no Executivo.
Nota:
12 valores.
João
Felgueiras: A par de Rui Pereira é o que mais aparece, mas não o que mais se destaca. A
poupança com a iluminação pública é de realçar e é uma nota muito positiva, mas
continuam-se a verificar muitas zonas em que a iluminação é parca, ou que por
uma ou outra situação se encontram há vários meses sem a manutenção devida…
Como responsável da Proteção Civil
teve este ano mais trabalho devido aos incêndios que assolaram o nosso concelho
e pelo que sei esteve sempre presente e disponível para resolução das mais
diversas soluções.
Continuo a achar que as suas reais e
reconhecidas capacidades talvez fossem mais úteis se direcionadas para as áreas
em que já deu excelentes provas.
Nota:
12 valores.
João
Paulo Torres: Depois de 2 anos com a pasta das obras iniciou 2016 a ser
despromovido. Surpresa para nós aqui no Largo, que vínhamos entendendo o
trabalho do Vice-Presidente como alguém que ia cumprindo pese embora ser
conhecido que aquela não seria a sua praia. Ficou após a redistribuição com
pastas cuja projecção não passará exclusivamente por si, tendo a difícil tarefa
de traçar um rumo para o desenvolvimento económico - coisa que parece por ora
passar pelos planos de marketing territorial. Pastas como “florestas”, com um
verão a fechar em calamidade, não lhe permitirão grande dinâmica quando neste
campo a falta de estratégia é nacional e dificilmente um município consegue
impôr um rumo que vá além da vigilância e apoio às corporações de bombeiros.
Mais projecção tivesse a aposta na
economia e melhor ficaria na fotografia.
Continua no seu rumo sereno, não lhe
sendo directamente assacadas polémicas nas áreas que tutela, facto é que também
digno de nota.
Nota:
13 valores.
Manuel
Pereira: Às vezes não ter notícias são boas notícias e no caso de Maranhão Peixoto
isso é uma boa regra. Muitas vezes foi apontado na praça pública como um erro
de convocatória neste elenco governativo, é um dos mais disponíveis e
entusiastas elementos do mesmo, não existindo grandes dúvidas do seu
compromisso com a Câmara Municipal. A poupança que se conseguiu com a
iluminação pública não dilui a noite de incêndios em Esposende e sendo este um
dos seus pelouros a revisão da sua nota teria de ser em baixa.
Nota: 12 valores.
Rui Pereira
(2016 – 17 valores; 2015 – 17 valores; 2014 – 17 valores)
(vereador do Turismo,
Desporto, Juventude, Transportes, Gestão e Manutenção de Infraestruturas)
Francisco
Melo: O 3º ano de mandato foi muito positivo para as áreas de
intervenção de Rui Pereira. No desporto colectivo registo para várias subidas
de divisão no futebol e no andebol (Juventude do Mar na 1ª divisão do andebol
sénior feminino), no hóquei o Fão quase a conseguir a subida à 2ª divisão, e a
participação, pela primeira vez na sua história, de dois atletas olímpicos (João
Ribeiro e Teresa Portela) nos mesmos Jogos.
No Turismo, mais um «Esposende é
Verão» de sucesso. Para além do cartaz diversificado, foi um Verão atipicamente
muito quente, beneficiando Esposende e o seu comércio de milhares de turistas
ao longo desse período.
É um vereador muito próximo das
colectividades, com a particularidade de fazer gosto em participar nalgumas
iniciativas organizadas pelo Município (caso das corridas na marginal), o que
torna genuína, autêntica e muito prática essa sua forma de executar o mandato
que lhe foi confiado.
Nota:
17 valores.
João
Felgueiras: O mais destacado membro do Executivo, sem sombra de dúvida.
Com um pelouro que permite “brilhar”,
não são todas as pessoas que o ocupariam com a mesma abnegação que reconheço a
Rui Pereira. Tenta inovar dentro do que é possível. Não vejo como neste momento
alguns eventos conseguirão maior evolução ou inovação, caso isso aconteça
poderemos estar a entrar na fase de eventos megalómanos para a realidade
concelhia. Não me parece que isso aconteça.
O dinamismo, empenho e diligência de
Rui Pereira, tem vindo a dar frutos. Esposende está hoje melhor em termos de
atração turística, tem mais pontos de interesse e está a aproveitar a boa fase
do turismo Português. Os resultados são visíveis.
Dois desafios: a procura de
investimento hoteleiro para alguns edifícios que já serviram esse propósito e
que remodelados poderiam ajudar, ainda mais, a alavancar o turismo e economia
envolvente; a calendarização de alguns eventos para alturas do ano com menos
atividade.
Nota:
18 valores.
João
Paulo Torres: Fiel ao que vinha realizando, difícil se tornará fazer
melhor. Todos nós desejaríamos que Esposende tivesse uma agenda de Outubro a
Maio, como a que tem de Maio a Outubro, contudo não podemos ignorar que o clima
tem um forte impacto na calendarização. Não sendo Esposende dotado de um
multiusos que permitisse uma distribuição anual dos eventos, há uma oferta enorme
no período de verão, e uma acalmia durante o inverno.
O turismo tem ainda naturalmente muito
percurso para percorrer, mas a adesão dos privados, através do surgimento de
ofertas na área - quer nos desportos nauticos, quer no alojamento - vão
consolidando o caminho que vem sendo feito.
Nota:
17 valores.
Manuel
Pereira: Um ano passou e os pelouros de Rui Pereira continuam a mostrar uma grande
vitalidade. O turismo continua o seu crescimento e consolidação e o desporto
renasce no nosso concelho. Mas nem tudo serão flores. Para manter esta
avaliação no próximo ano é necessário que Rui Pereira apresente projetos ao
nível das infra-estruturas, quer no turismo, quer no desporto, já que em termos
de eventos teríamos de entrar em eventos quase estratosféricos para superar o
que foi feito até agora. Infra-estruturas desportivas não se resumem aos
estádios e aos sintéticos e um concelho que quer apostar no turismo não pode
continuar a ter 2 hóteis devolutos e não lhes dar uma solução. Esse seria um
dos legados de Rui Pereira.
Nota: 17 valores.
Jaquelina Areias
(2016 – 11,5 valores; 2015 – 11,5 valores; 2014 – 11,5 valores)
(vereadora da Educação e
Cultura)
Francisco
Melo: A cultura é o parente pobre de qualquer governo e de muitas câmaras também.
Para a área poder sobressair pede-se rasgo. Fazer, como canta o Pedro
Abrunhosa, o que ainda não foi feito.
Jaquelina Areias não é um Paulo Cunha
e Silva (falecido vereador da cultura do Porto), mas ao cabo de 7 anos nestas
lides, esperava-se, por esta altura, uma outra ambição para a área da Cultura.
A Galaicofolia, por exemplo, tem um
potencial incrível (localização e ligação histórica efectiva com o concelho),
por contraponto com a Feira Medieval (uma importação que está longe de
entusiasmar) e, ao cabo de algumas edições, já poderia arriscar um outro nível,
como por exemplo Santa Maria da Feira arriscou com a sua Feira Medieval.
A polémica com o Coro dos Pequenos
Cantores prolongou-se ainda durante algum período deste ano. Nota positiva para o anunciado prémio literário Manuel de Boaventura.
Nota:
12 valores.
João
Felgueiras: Pouco se deu pela sua atividade, o que por vezes, no caso da educação podem
ser boas notícias. Depois de anos anteriores atribulados com os casos da Escola
de Música e da Zende-Ensino, parece neste momento viver tempos de maior
serenidade.
Continuo a achar que a criação de
espaços de debate e monitorização de ideias a implementar, uma divulgação da
agenda cultural mais efetiva ao longo de todo o ano, o enraizamento de uma
cultura de associativismo e educação da cidadania são pontos nos quais deveria
apostar fortemente.
Nota:
11 valores.
João
Paulo Torres: A opinião que formamos é por vezes tremendamente tendenciosa.
Enquanto partes envolvidas em determinados projectos sentimos algumas das dores
dos mesmos como se fossem nossas, festejamos os sucessos como se nossos fossem
igualmente. Simultaneamente, essa envolvência permite-nos um conhecimento de
causa maior no que respeita aos apoios dispensados.
A aposta no teatro é um desses campos
que me é particularmente próximo.
O caminho que vem sendo feito pelas
freguesias - mais grupos envolvidos este ano - bem como a qualidade do trabalho
levado à cena, fazem-me este ano alongar-me um pouco mais quanto à vereadora da
Cultura e Educação.
As noites de teatro na praça do
Município foram também um enorme sucesso que quase igualou as plateias da
actuação do Coro dos Pequenos Cantores - finalmente em paz.
Também a Galaicofolia este ano teve -
pelo menos um aparente - crescimento, sendo este em minha opinião um evento que
deveria absorver a feira medieval. A galaicofolia tem muito mais potencial para
crescer, criando algo da nossa identidade, do que a feira medieval - uma cópia
“low-cost” das inúmeras feiras medievais que se fazem à nossa volta.
As bibliotecas de praia são desde há
muito tempo também uma aposta ganha.
No que à educação respeita, apenas uma
nota, para que à intervenção da loja social no âmbito da troca de manuais não
se sobreponham desnecessariamente actuações da pasta da educação.
Nota:
13 valores.
Manuel
Pereira: Uma vereadora a quem se pode aplicar a máxima “nenhumas notícias são boas
notícias”. Saiu relativamente bem do caso “autocarro” mas garantiu até hoje um
começo calmo e atempado em todos os anos do seu mandato e dando a cara em
algumas obras de renovação nas escolas públicas do concelho. Falta apostar, em
termos publicitários, na cultura e nos ciclos das mais diversas vertentes
culturais existindo já um bom ciclo de teatro e de música mas que acusam a
pouca publicidade.
Nota: 10 valores.
Raquel Vale
(2016 – 13 valores; 2015 – 13 valores; 2014 – 11,5 valores)
(vereadora da Coesão Social,
Ambiente, Saúde Pública, Qualidade e Modernização Administrativa, Administração
e Recursos Humanos.)
Francisco
Melo: De Raquel Vale não podemos escrever que não demos conta neste terceiro ano
de mandato. A Loja Social é exemplo óbvio do seu magistério de influência. Na
Modernização Administrativa houve essa novidade do Espaço do Cidadão.
Não salta à vista com iniciativas
inéditas, mas também não compromete os pelouros que lhe foram confiados
(embora, no caso dos Recursos Humanos, e dada a vertente social envolvida,
aproveito para perguntar: o que faz manter Cristina Leites ainda a atender
telefonemas, com capacidades para muito mais do que isso?).
Nota:
13 valores.
João
Felgueiras: O ano passado corrigi a mão quanto à nota dada à vereação de Raquel Vale e
este ano a sua nota merece ser mantida.
A crise económica não foi ainda, se
algum dia será, sanada do nosso Pais e existindo situações bastante complicadas
o concelho de Esposende tem sabido atuar para colmatar algumas dificuldades dos
seus Munícipes. A Loja Social continua a funcionar de forma exemplar. Numa
toada de “fazer bem sem olhar a quem” e sem fazer disso “bandeira”, o que
demostra um grande humanismo, a sua atuação parece estar a decorrer como
esperado.
A Qualidade e Modernização
Administrativa continuam a obter distinções e essa é uma nota positiva e de
registo para o Município e para a Vereadora em particular.
Nota:
16 valores.
João
Paulo Torres: Depois de dois anos sem grande margem para “brilho”, o
terceiro ano, trouxe alguma margem para mostrar valor acrescido. A dinâmica
criada em torno do envelhecimento activo é um marco digno de registo. A par disso,
a loja social é cada vez mais uma referência na área.
Por fim, uma nota para uma das tarefas
mais ingratas: a pasta dos recursos humanos, ou aquilo que poderíamos chamar de
“Pátio dos Suspiros”. Entre os que suspiram de alívio e os que suspiram de saudade,
gerir os recursos humanos não será garantidamente tarefa fácil. A verdade: vai
dando conta do recado.
Nota positiva também para o
funcionamento do “Espaço Cidadão” ainda que o lançamento do mesmo tenha sido
ofuscado pela “novela das plaquinhas”!
Nota:
14 valores.
Manuel
Pereira: Mais um ano na sombra de Raquel Vale. Sei que a Loja Social a tira da
sombra frequentemente mas a vereadora que detêm o pelouro da indústria e do
emprego precisava de ter uma folha de serviço mais recheada neste campo e não
apenas na coesão social. Sei que a falta de reais projetos e medidas de fomento
do emprego e da indústria no concelho por parte de Benjamim Pereira também a
leva arrasto mas isso é um problema a ser resolvido pela equipa dirigente.
Nota:
10 valores.
João Nunes (2016 –
13,5 valores; 2015 – 12 valores; 2014 – 15 valores)
(Vereador PS)
Francisco
Melo: Não é fácil a missão de João Nunes de fazer oposição. Por um lado, porque
sabe, nem quer, ser candidato às próximas eleições. Por outro lado, porque a
sintonia com a concelhia política do PS Esposende já conheceu melhores dias.
Por isso, não causa estranheza que o registo de oposição seja tranquilo, por
vezes parecendo apagado.
De qualquer modo, o último ano fica
marcado por algumas iniciativas do vereador socialista (muito bem apanhada, por
exemplo, a questão do cartão municipal do bombeiro), com bom sentido de
oportunidade e pertinência.
Nota:
13 valores.
João
Felgueiras: Continua a ser o
único vereador da oposição que faz oposição! Tem sofrido vários ataques durante
a sua atuação, tendo sido acusado de “populismo” por propostas feitas em
reuniões de câmara. Sempre coerente na forma de estar, coerente e firme na
forma de pensar, sempre conseguiu desconstruir as acusações que lhe foram
perpetradas e tem feito uma oposição com propostas que devem ser tomadas em
conta pela maioria do executivo.
Mostra-se bem preparado e seguro nos
temas a serem discutidos em reunião de Câmara e tem colocado os interesses dos
Esposendenses acima dos interesses partidários, levando muitas vezes a que os
ataques de que é alvo, em vários comunicados, não tenham resposta a partir do
PS Esposende. Tem sido cooperante quanto o tem de ser; e divergente quando
deve.
Nota:
16 valores.
João
Paulo Torres: Aproveitando as trocas de mimos entre actual e
ex-autarca, o vereador do PS soube capitalizar o facto. É certo que o percurso
até aqui trilhado não deixará grandes perspectivas eleitorais, mas pelo menos
no último ano o vereador socialista fez o que lhe competia: apresentou
propostas. Discuta-se o mérito, a motivação ou a exequibilidade das mesmas, mas
não poderá discutir-se a ausência.
Nota:
12 valores.
Manuel
Pereira: Como se diz na gíria futebolística, o PS-Esposende é “ele e mais 10”.
Muitas vezes parece distante da sua concelhia e a interligação entre vereador e
concelhia parece tortuosa e quase inexistente. É o único verdadeiro vereador da
oposição que mostra serviço e ideias alternativas ao executivo mas continuo a
defender que o PS-Esposende deve encontrar uma nova cara para a sua campanha.
Nota:
13 valores.
Berta Viana (2016 –
9,5 valores; 2015 – 10,5 valores; 2014 – 11 valores)
(Vereadora CDS)
Francisco
Melo: Um terceiro ano muito apagado, sem conseguir sequer ameaçar a posição de
João Nunes como o verdadeiro líder da oposição esposendense. A imagem do
presidente do CDS Esposende em algumas iniciativas junto do eleitorado, lado a
lado com o antigo vereador centrista Areia de Carvalho, diz mais do que 1000
palavras que se poderiam escrever sobre a importância e impacto da actuação de Berta
Viana no executivo municipal para o CDS Esposende.
Nota:
9 valores.
João
Felgueiras: Completamente isolada e sem apoio do seu partido, tem feito uma “corrida
por fora”. Tenta fazer ouvir a sua “voz” e as suas propostas, mas do que passa
para a opinião pública a sua atuação é quase nula.
É pena que assim seja, porque tem mais
capacidades do que a área de atuação politica atual lhe permite.
Nota:
11 valores.
João
Paulo Torres: Seguramente o elemento mais apagado de todo o painel. A
precisar de reforços ou de substituição. Sem partido que apoie e motive, com
oposição interna a fazer lembrar os sketchs do Zé Pedro Gomes e António Feio no
seu célebre “deslarga-me”, numa incessante ponderação (aguardamos a candidatura
de João Pedro Lopes, que o JNE anunciou ter ponderado ser candidato), a verdade
é que a vereadora do CDS-PP está entregue a si própria e nessa linha vai
aproveitando o estado de graça do executivo.
Pontualmente vai trazendo assuntos à
agenda mas sem programa de intervenção.
Nota:
9 valores.
Manuel
Pereira: A minha primeira negativa de sempre. Discutir Berta Viana é discutir acima
de tudo o que é o CDS-Esposende. Depois de Marcelo Silva o CDS-Esposende parece
que entrou numa letargia que é difícil de explicar e essa letargia alarga-se a
Berta Viana que parece quase não existir na cena política Esposendense sendo
sempre muito próxima do elenco camarário, não tendo de ser sempre contra,
poderia demonstrar uma voz alternativa. Esta negativa surge como reprovação da
atuação do vereador da 2ª força política de Esposende que parece não querer
sair disso. O CDS-Esposende continua a sobreviver pelo voto das suas antigas
fileiras que lhe garantiram vitórias autárquicas no pós-25 de Abril mas temo
que se aproxima um rápido declinio e parece que nada acontece no seu seio. Algo
vai mal no reino centrista.
Nota: 9 valores.
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