segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Ex-Presidente do Sporting visitou Esposende.

Soube-se na praça que Pedro Santana Lopes, ex-presidente leonino, esteve novamente em Esposende, depois de num passado recente ter marcada presença em campanha autárquica na Malafaia.

O motivo da visita, quiçá por ter falado há dois meses para 2000 sociais democratas, foi desta vez apenas uma almoço de amigos (seria o núcleo local do Sporting?). Apesar de divulgar por sms a agenda para o sábado pelo distrito, o almoço na margem sul do concelho terá sido coisa só para amigos ou para o núcleo duro.

Pedro Santana Lopes, em boa verdade, não precisa de apresentar-se muito.  Para o bem e para o mal toda a gente o conhece. Pessoalmente, gosto do registo do homem. Verdadeiramente “um tipo simples” e uma boa alma. Não fosse a sacanice de um certo Presidente da República e talvez Santana nunca tivesse caído do Governo, e aquela fraude histórica que nos Governou durante 6 anos nunca tivesse tido um lugar ao sol.

Ao que parece o presidente da concelhia do PSD local terá comparecido no comício, naquilo que não poderá ser tido de outro modo que não uma expressão de apoio, apesar de ainda não haver relatos de que o mesmo seja pública. Certo é que Santana está rodeado, com algumas excepções é certo, de um bom grupo de boa gente. Evidente porém que o discurso que teve durante os últimos anos permitiu agregar a si uma parte significativa das tropas de Passos Coelho.

Assim sendo, Santana, o tipo que tem mais vidas políticas que os gatos, é sempre um naturalmente bom candidato à Presidência do actualmente maior partido da oposição.


Do outro lado apresenta-se Rui Rio, que ao que me é dado saber ainda não visitou Esposende, nem sabemos se o fará.

Rui Rio é de há alguns anos a esta parte o homem à espera da vaga de fundo. Durante anos escudou-se na Presidência da Câmara do Porto para não avançar (governar com a troika mais que certa não era um projecto apelativo!) Na sua ausência avançaram outros para manterem viva a chama do tradicional “cavaquistão”.

Desta vez Rui Rio não tinha escolha! Era agora ou nunca.  E se escolha não teve, teve azar! A vaga de fundo não surgiu e nem o McNamara arranjaria onda capaz de dar um grande empurrão a Rio que tenta agora nadar contra a máquina social democrata alinhada por dentro.

Ao contrário de Santana, sobre Rio não tenho sequer opinião. Nunca contactei com ele, não sei se é um “fixe” ou se é um “careto”. Sei que gostava de o ter visto avançar noutro tempo, ainda que dadas as circunstâncias não creio que tivesse feito melhor que Passos. A “ingenuidade” de Passos levou-o a fazer o que tinha que ser feito mesmo sabendo que isso lhe ía custar uma corrida no fim do mandato! Na volta o povo percebeu o porquê e até confiou nele reelegendo-o!
Mas Rio, não sei se teria sido tão despreendido da imagem política.

Estão assim lançados os dados.

Há contudo algo que não percebo: Santana mudou assim tanto em 9 anos? E depois de ter sido Primeiro-Ministro e candidato vencido em directas de 2008, trará algo de novo agora? Tenho as minhas dúvidas. Pode ter uma ou outra melhores companhias, mas não irá muito além disso.

Aliás, olhando para alguns dos apoiantes facilmente se percebem que estão ali a pensar na sucessão e não propriamente em Pedro Santana Lopes.

Ou eu muito me engano ou PSD corre o risco de voltar à travessia que fez até à chegada de Passos Coelho: escolhem-se líderes para o Partido esquecendo-se o mais importante - escolher líderes para o país.

É certo que o PSD tem um longo caminho a fazer para aspirar a um bom resultado nas próximas legislativas! Este registo de “país das maravilhas” já o vivemos com o “sócratino” e sabemos como vai acabar, mas também sabemos que as pessoas tendem a embarcar em fantasias até que a coisa descambe muito! Não creio por isso que Santana ou Rio tenham grandes hipóteses de vencer umas próximas legislativas, mas sei, como aliás toda a gente sabe, que se o povo tivesse que escolher numas legislativas entre Santana e Rio, seria o “provinciano do norte” (como o consideram alguns) a vencer este duelo.

Bom era que o PSD pensasse nisso.

E depois deste “exame de consciência” feito… Paguei as quotas!

E a 13 de Janeiro de 2018, se usar o meu direito de voto, será para escolher um líder para o Partido e para o País - a pensar de outro modo teria pago quotas do glorioso que pelo menos davam desconto em combustível.



Nota final: o título do post leva apenas em consideração que a generalidade da população preocupa-se mais com futebol do que com política,  tomemos por isso vantagem disso.

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