sábado, 31 de outubro de 2015

Anuário Financeiro

A “Esposende em revista” foi uma boa ideia.

Sou da opinião que os organismos municipais se devem munir dos meios de divulgação para que as suas obras sejam visíveis e conhecidas e que não podemos remeter tudo para o Facebook, já que sou daqueles que ainda acha que as redes sociais não têm a dignidade e a respeitabilidade para se guardar a informação para que as gerações futuras a consultem.
Posto isto e aproveitando a máquina já existente, penso que o executivo camarário e todas as empresas municipais que surgiram da separação de serviços (Esposende Ambiente,Esposende 2000, etc) deveriam fazer a publicação do seu anuário financeiro para o exercício do ano que decorreu.
Sei bem que muitos me irão dizer que o relatório e contas existe e está disponível  mas seria uma prova de independência e de clareza perante todos que estas contas fossem de conhecimento generalizado.
Sejamos sinceros, o relatório e contas do executivo têm cerca de 240 páginas e uma considerável parte delas falam da alocação de tempo dos funcionários camarários e do balanço social da Câmara e outras informações que não importam de forma e poucos são aqueles que olham com atenção para os seus números.
Seria proveitoso que quem recebe os nossos impostos elaborassem um anuário em que fossem demonstradas de uma forma clara e inequívoca as fontes de rendimento e as fontes de despesa, com especial ênfase para as despesas contratualizadas, ou seja, para as despesas que eles pagarão durante períodos de 2 ou mais anos à mesma entidade.

Não esperava que lá fossem descritos todos os contratos porque isso tornaria o relatório intragável, mas uma informação sucinta que responda às perguntas “quanto?”, “a quem?” e “porquê?”.
Esperava sim que as rubricas “outros” fosse paulatinamente eliminada, já que olhando para as contas vemos alguns valores consideráveis alocados a esta categoria e ,sejamos novamente sinceros, os “outros” funciona sempre como um escape quando existem dificuldades na categorização de algo. Não é um problema exclusivo deste camarário, mas da esmagadora maioria das empresas privadas e organismos públicos.
Engana-se quem acha que esta minha ideia têm como propósito descobrir alguma megalómana despesa nas contas que estava a ser escondida. Sei bem que nos tempos que correm muitos são aqueles que vasculham todos as letras dos documentos oficiais para descobrirem alguma coisa para fazer barulho no mundo virtual. Sim, estou a falar do “Espoleaks”.
Esta ideia têm como objetivo criar uma nova bitola em Esposende, onde as contas e as despesas sejam claras e cheguem a toda a gente e caso Benjamim seja sucedido pelo próprio Benjamim, por João Cepa, João Lopes ou pelo Pato Donaltim o novo executivo seja obrigado a ter o mesmo procedimento e a mesma clareza e transparência na hora de apresentar contas.

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