A sociedade só tem os políticos que ela merece.
O voto é útil, o voto é uma arma, o voto é a oportunidade que é dada às pessoas
de se exprimirem e de deixaram uma marca na sociedade.
O voto não é um “gosto” no Facebook, não é um comentário no
site do JN, não é um email de protesto a falar sobre os privilégios dos
ministros enviados aos colegas de trabalho.
O voto é a diferença entre os que se importam e os
revolucionários de sofá.
Percebo quem vota em branco mas não respeito quem se abstém
de ir votar. Quem não vai à luta e não toma partido, mesmo que em branco, não
merece a minha condescendência, nem lhe reconheço o direito a reclamar da classe
política porque deixa nas mãos dos outros a escolha deles.
A atitude do “são todos iguais", "deviam acabar com os
políticos", "na Suécia é que é "ou o “o que importa é trabalhinho”, para justificar
a ausência do acto eleitoral não é mais do que o assumir uma atitude
passiva, complacente, relaxada perante as dificuldades naturais da construção
de uma sociedade.
Quem acha que a sociedade se constrói sem políticos, sem
representação da sociedade civil, baseando-se num conjunto de normas e burocratas
que apenas executam, e guiada por empresários e alguns iluminados, não percebe o
que é a democracia e quer caminhar para uma ditadura.
Quem acha que uma sociedade se constrói colocando a
participação cívica em standby nada mais deseja que tudo continue na mesma.
A classe política e os políticos são da exclusiva
responsabilidade das pessoas.
Se a sociedade portuguesa participasse na vida dos seus
partidos como participa na vida dos seus clubes de futebol talvez hoje as listas
dos partidos fossem melhor constituídas, melhor representadas, talvez fossem
constituídas pelos melhores porque quantos mais participarem maiores serão as
oportunidades de apurar os melhores.
Quem acha que não escolher quem lhe vai decidir o seu futuro
é normal, é aceitar a sua incapacidade em escolher o caminho que essa pessoa
segue.
Resumindo, votem pelo vosso futuro.
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