domingo, 5 de junho de 2016

Amigos do Espoleaks

O Facebook não é a vida mas hoje em dia faz parte dela.
Todos conhecem o blogue Espoleaks como um veículo de amplificação de algumas fugas de informação sobre temas mais ou menos sensíveis acerca da vida política do concelho.
Agora têm página no Facebook.
Não sou daqueles que acha que os comentários amargos e rancorosos no Facebook assassinem a imagem de uma personalidade mas sou daqueles que acha que algumas coisas que se publicam são como um boomerang, voltam passado um tempo de serem atiradas para nos atingir.
Também sou daqueles que acha que este tipo de blogue, a ter uma razão de existir, apenas pode ser justificado para a denúncia de situações muito pontuais e complicadas e onde a confidencialidade de quem as denuncia é um imperativo.
Blogues deste tipo são um dos sintomas de uma sociedade onde ainda impera o medo, a subserviência e ainda existe falta de escrutínio dos cidadãos às suas instituições, já que quando se discutem os "casos" não discutimos o essencial.
O que importa o coro quando continuam a ser despejados milhares de euros em empresas municipais?
Ser amigo deste tipo de informação é a aferição da sua validade e ratificação de um tipo de informação que nada tem de sério e de honesto, já que não sabemos quem a escreve, não sabemos que fontes usa, desconhece-se a linha editorial e usa de um sentimento de justiceirismo que nada de bom traz ao debate político do concelho.
Não lhe podemos pedir responsabilidades pelo que escreve, não podemos confrontá-lo com inverdades que lá são escritas, não podemos fazer o contraditório porque é uma entidade fantasma, sem corpo mas com alma.
E não se sabe quais os alvos dessa alma.
Espero que os elementos das forças vivas do concelho que se tornem amigos desta página estejam preparados para as acareações quando se queixaram das fugas de informação ou das desinformações e de algumas informações populistas que venham a público já que eles próprios apoiaram esta forma de estar na vida pública.
Se esses elementos tivessem apoiado a imprensa local na devida altura, hoje certamente não estaríamos a tratar um fantasma como um membro da comunicação social.
E isso deveria envergonhar-nos a todos.

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