Fazendo
um "zapping" pelos canais generalistas em horário nobre e, ao
fim de semana, o denominador da oferta é comum, quase sempre estão a ser
transmitidos programas de "talentos". Ora seja dança, ora música, ora
uma "crew", ora um contorcionista, ora outros tantos outros
"talentos" por ai escondidos à espera do seu lugar na ribalta
televisiva.
Não sou
contra isso, acho que se forem bons talentos devem ser encorajados a continuar,
senão a fazer disso vida, pelo menos a fazer disso uma ocupação com
reconhecimento merecido.
Ao ver
esses programas de "talentos", eis que me assolou uma questão
relacionada com a minha terra, com a nossa terra.
A cidade de
Esposende está dotada, desde há algum tempo, de uma Casa da Juventude, uma
requalificação da antiga Escola Primária - a minha escola primária - e que
ainda hoje me causa arrepios de saudosismo sempre que lá entro. Esta Casa da
Juventude, que tem vindo a ser dinamizada com várias actividades para os jovens
e menos jovens, integra também nas suas instalações a Escola de Música de
Esposende, que tantos talentos tem desenvolvido no Concelho e, à imagem do
vereador do Desporto e Juventude, Rui Pereira, mostra o seu dinamismo.
Em jeito de
proposta e uma vez que consultando o plano de actividades podemos verificar que
existem muitos atelieres ou oficinas, sejam de dança, de pintura ou outros, que
trabalham os “talentos” apresentados nos famigerados programas de televisão,
porque não ir mais longe? Numa vertente diferente, porque não um atelier de
"engenharia para miúdos"???
Um conceito
simples e didáctico com umas oficinas de experiências mas num ambiente
mais descontraído do que a escola, onde aprendessem experimentando conceitos
tão básicos como a inércia, a lei de Arquimedes, as leis de Newton, como
funcionam os seus carros telecomandados, como se faz um "barco a
vapor", como funcionam os robôs, como funcionam os telemóveis, a televisão
e tantas outras coisas que fazem parte do nosso e do seu quotidiano.
Quem sabe
até com pequenas achegas de mecânica, electrónica e informática não se poriam
os jovens a fazer pequenos autómatos, chegando mesmo à possibilidade de lançar
um concurso de robótica no concelho e, quem sabe um dia, lançar uma
equipa de Esposende nos concursos nacionais e internacionais?
Porque
não???
Quem sabe
não estaríamos a despertar o gosto por áreas das quais muitos jovens fogem
porque têm matemáticas ou física.
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