Muito se tem falado nestes últimos tempos sobre a deslocação
da empresa Sandokan para Esposende e o gorar dessa hipótese.
Vivo na profunda convicção que Esposende não chegou a esse
ponto de desenvolvimento que lhe permita deixar passar este tipo de
investimento no concelho e de deixar passar mais uma possibilidade de aumento
orçamental. Sei também, que ao contrário do que foi ventilado em alguns fóruns,
a instalação Sandokan não iria trazer um rol de novos empregos já que
estamos a falar da transferência da sua base logística onde a estrutura a implementar
seria a já existente, mas reafirmo que os preferia ter em Esposende do que em
Viana do Castelo.
A
reboque desta questão foram também levantadas algumas questões sobre a pertinência
de existir indústria “pesada” em Esposende.
Posso
ser um idealista, mas quando pensamos no desenvolvimento do concelho temos de
pensar que a população residente é heterogénea em termos de formação académica
e ou estamos dispostos a encaminhar as futuras gerações para um determinado
caminho ou temos de pensar como tornar as medidas mais abrangentes.
Percebo
em parte o ponto que é defendido por vários, e que aqui foi defendido pelo
correligionário de blog João Felgueiras, ressalva que um dos caminhos para
Esposende é o de tentar atrair as empresas dedicadas às novas tecnologias que
não criam tanto impacto ambiental e trariam novas pessoas para o concelho mas
este tipo de indústria apresenta uma amplitude de aplicação a quem já mora cá
mais reduzida.
Sei
também, pelo que já foi dito em público, que a direcção camarária não vai
procurar instalar indústria “pesada” em Esposende já que na visão desta
Esposende deve-se resguardar do desenvolvimento industrial mas sejamos
realistas: nos dias que correm e com a legislação em vigor poucas serão as
indústrias que representam um grave risco para a saúde pública e para o
meio-ambiente.
A
Solidal vive paredes-meias com a Marginal e o Rio Cávado e não é por isso que
deixam de ser locais sem poluição.
Aproveitar
o espaço entre o Modelo e a Solidal que bordejam o acesso rodoviário à A28 para
colocar algumas fábricas, e não lojas dos chineses ou lojas comerciais, seria
um bom aproveitamento do espaço e não seria uma ameaça às áreas protegidas.
Podemos pensar mesmo em resolver a situação do “Hotel Nélia das fábricas” que
representam os antigos terrenos do grupo Quinta & Costa: um local já
edificado para exploração industrial que não apresenta um acrescento de
pressão imobiliária no local.
Mas
destes terrenos falarei mais tarde.
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