segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Análise ao candidato: Manuel Enes de Abreu

A candidatura de Manuel Enes de Abreu pode ser considerada a candidatura da coragem e da resistência e é uma candidatura que têm de marcar um ponto de viragem na concelhia e depois deste processo eleitoral autárquico o PS-Esposende terá de reflectir o que quer fazer deste concelho e Laurentino Regado terá de repensar a sua continuidade no partido.

Num governo liderado pelo PS e não aparecer uma figura de peso do PS nacional em Esposende é um atestado de morte política a Laurentino Regado. 

Estas listas podem ser consideradas como as listas dos resistentes e dos duros, daqueles que muito dificilmente abandonarão o PS depois já que a não escolha de João Cepa como candidato a apoiar fez com que muitas figuras de peso do partido o tivessem abandonado. A votação que o PS terá nestas eleições serão a representação do seu eleitorado mais puro. 

Diria mais, estas listas podem ser uma boa base de partida para um novo PS-Esposende. 

Olhando para a campanha de Manuel Enes de Abreu fez uma má jogada quando não surgiu no debate promovido pela Esposende Serviços já que seria um momento de confrontar um dos principais candidatos à Câmara Municipal e que absorveu parte dos antigos membros do PS-Esposende e demonstrar que as ideias da sua candidatura tinham independência daqueles que desertaram. .
Mas houve algo que me ficou na cabeça depois do debate para a Assembleia Municipal, já que ficou a sensação que estas poderiam ter sido as eleições em que Tito Evangelista poderia ter feito frente ao PSD e a João Cepa e ter um dos melhores resultados de sempre, mas penso que na Assembleia Municipal fará danos à direita esposendense.

Manuel Enes de Abreu deveria ter tido uma abordagem mais dinâmica em termos de publicitação do seu programa eleitoral e da sua presença nas forças vivas do concelho porque parece desperdiçar o que de bom esta candidatura têm.

Foi dos poucos que se viu em "chão de fábrica" nas empresas do concelho, foi dos poucos que teve cartas de apoio verdadeiramente sentidas, foi dos poucos que apostou em sessões de esclarecimentos em que só foi quem lá queria mesmo estar e acima de tudo deveria ter explorado 2 pontos fortes da sua campanha : a proposta do hospital público e a sua vice-presidente, Anabela Rosário. 

É dos poucos que teve a coragem de propor um hospital público que não estivesse entregue à gestão das Santas Casas e que se tentasse unificar os recursos para um único hospital central. 

Propõe uma vice-presidente mulher com experiência na autarquia por trabalhar na mesma  e que não é uma promessa de trabalho mas uma certeza já confirmada disso mesmo.

Manuel Enes de Abreu é um dos resistentes desta campanha. Ele, e a sua lista,  ficou com o partido quando este mais precisou dele e isto é algo que deverá ser relembrado a quem virá a seguir.

Tenho dito.

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