sábado, 2 de setembro de 2017

As eleições para o Escola Secundária da Câmara.

Sabia que a i-política não é boa conselheira e que políticos e campanhas muito baseados nas redes sociais acabam por ter sempre momentos e ações que roçam o ridículo e as eleições este ano em Esposende não fogem a isso.
 
A 1 mês das eleições a campanha política mais parece uma eleição para a Associação de Estudantes do Liceu do que propriamente uma eleição para o cargo mais importante do concelho, ao melhor género da Lista X contra a Lista A.
 
Ele é molduras nas fotos de perfil de Facebook, ele é ataques sobre idoneidade das pessoas nas redes sociais com respostas dos mandatários da campanha nas redes sociais, ele é chamadas de atenção sobre problemas nos espaços públicos ao jeito de cidadão muito consciente, ele é comentários jocosos sobre fotos do passado.
 
Tudo isto achei suportável, até que tivemos os eventos das mulheres e a discussão sobre quem têm mais mulheres nas listas.
 
 Vou ser claro e conciso: pouco me interessa a quantidade de mulheres que cada um têm nas listas e quantas mulheres vão eleger.
 
 O que me interessa é saber se as pessoas que apresentam são ou não as mais qualificadas e preparadas para os cargos lhes que serão confiados quer sejam homens ,mulheres ou transsexuais.
Se existe um problema de representatividade em termos de género temos de pensar o que está a correr mal e quais as forças de bloqueio para o acesso das mulheres à política.
 
Saúdo a presença de mais mulheres na vida política esposendense, como saúdo a sua presença noutros momentos da vida social do concelho, mas utilizar essa presença como medidor de popularidade é deplorável, baixo e revela a completa falta de ideias das candidaturas que o fizeram.
 
Sei por experiência profissional que por vezes é necessário colocar uma presença feminina em alguns cargos para que as pessoas com quem interagimos aprendam a respeitar o titular daquele cargo seja ele quem for. Sou frontalmente contra as quotas de pessoas nas listas das eleições partidárias , seja o critério género, religião, altura ou preferência clubística. Pela experiência que já temos em Portugal sabemos que isso apenas fez ascender a cargos de responsabilidade pessoas que não teriam essa hipótese por mérito próprio.
 
O que se passou esta semana foi digno da mais rasca eleição de Liceu.
 
Estamos a 1 mês das eleições e parece que neste momento a campanha se centra em demonstrar quem é o líder mais porreiro da escola, quem tinha mais tipos populares ao seu lado, quem têm mais seguidores no Instagram e no Facebook e quem tinha mais  miúdas giras do seu lado.
 
Estamos a 1 mês das eleições e ainda não se discutiu uma medida, um projeto, um imposto, uma linha orientadora, nada.
 
Está na hora dos nossos políticos crescerem.

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